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 | Marcelo Camargo/ Agência Brasil
| Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Terra em que o tucano Aécio Neves foi por duas vezes governador e elegeu o sucessor. Um ex-ministro e figura importante do PSDB na disputa pelo governo. A fórmula parecia um caminho certo para o quarto mandato consecutivo dos tucanos em Minas Gerais. Mas não foi o que ocorreu.

Ex-presidente nacional do PSDB, Pimenta da Veiga foi escolhido por Aécio para disputar o governo. Mas a imagem de político experiente, bom gestor e bem relacionado acabou superada pelo marketing da campanha petista.

Para o cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Malco Camargos, o candidato tucano ficou muito tempo longe do estado. Desde o início dos anos 1990, quando renunciou ao mandato de prefeito de Belo Horizonte para tentar, sem sucesso, o governo de Minas, Pimenta da Veiga se dedicou mais ao PSDB e a questões federais – foi presidente nacional do partido e ministro das Comunicações no governo FHC. A imagem que ficou para o eleitor mineiro foi a do político "distante do estado e antigo", avalia Camargos.

Por outro lado, o petista Fernando Pimentel (foto), eleito com 52,98% dos votos, soube aproveitar melhor características semelhantes às do adversário: ex-prefeito da capital mineira, ex-ministro do Desenvolvimento no governo Dilma Rousseff e com trânsito livre na alta cúpula do partido.

Essa também foi uma das primeiras eleições em que o PT esteve unido em torno de uma candidatura no estado. A campanha petista ainda soube capitalizar o sentimento de mudança das manifestações de junho de 2013. "Não havia desejo de mudança no início. Essa ideia foi construída durante a campanha", explica Camargos. Críticas a problemas da administração tucana e bom desempenho nos debates selaram a vitória petista num reduto do PSDB.

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