O ex-presidente do Instituto de Águas do Paraná, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, e candidato a deputado estadual pelo PSC Márcio Nunes foi preso em flagrante nesta quinta-feira em um supermercado de Campo Mourão enquanto comprava produtos para eleitores, o que configura crime de compra de votos. Nunes deixou a presidência da Instituto em abril para concorrer nas eleições.
O candidato foi flagrado por uma equipe da promotoria eleitoral da cidade comprando carne para dois eleitores. Todos foram conduzidos à Polícia Federal (PF) em Maringá, onde o candidato pagou fiança de R$ 15 mil e os eleitores de R$ 1,5 mil, cada um, e foram soltos. A assessoria da PF confirmou que três pessoas um candidato e dois eleitores foram presos na quinta-feira em Campo Mourão por compra de voto e soltos mediante pagamento de fiança.
A assessoria do candidato nega as acusações e afirma que Nunes não foi preso, mas "convidado" a depor na PF sobre uma denúncia de distribuição de "kit churrasco". O candidato não foi localizado para comentar as denúncias.
Conforme a lei eleitoral, 15 dias antes das eleições nenhum candidato pode ser preso, a não ser em flagrante. Mesmo se for eleito, se comprovadas as acusações, o ex-presidente pode ter o mandato cassado por crime eleitoral.