Faltou defesa contra as críticas, avalia Péricles de Mello

O candidato que perdeu as eleições do segundo turno em Ponta Grossa (Campos Gerais), Péricles de Holleben Mello (PT) chegou ao comitê de campanha, no bairro da Ronda, por volta das 19h00 deste domingo (28). No momento, havia cerca de 50 pessoas que esperaram a chegada dele, quase uma hora depois da confirmação da derrota por menos de 1700 votos para o adversário Marcelo Rangel (PPS). Até por volta das 18h00, havia cerca de 150 pessoas, que começaram a ir embora enquanto o resultado adverso ia se definindo. Rangel foi eleito com 88.611 votos (50,48% dos votos válidos), enquanto Péricles teve a preferência de 86.929 (49,52%). Ambos também são deputados estaduais.

O petista discursou para os parceiros e eleitores presentes por alguns minutos e também atendeu a imprensa. Ele lamentou o fato de não ter rebatido com mais firmeza as críticas que Rangel fez a ele durante a campanha. "Talvez eu pudesse ter respondido às agressões, mas nós analisamos que não era necessário. Não é verdade que eu poderia ter os meus direitos políticos cassados. Sou ficha limpa e este detalhe eu poderia ter respondido com mais força. Eu não ataquei ninguém e saio [da disputa] com a consciência tranquila", afirmou.

Péricles acredita que, apesar das críticas dirigidas a ele durante os dois turnos, várias de suas propostas foram incorporadas pelos adversários, inclusive por Rangel. Ele sustenta, ainda, que alguns projetos encerrados junto com a sua primeira e única gestão de prefeito da cidade, entre 2001 e 2004, devem continuar na pauta, mas em ritmo mais lento do que no governo dele, como as políticas de cuidado com o patrimônio histórico. "Se eu fosse eleito, a participação popular ia avançar muito. Eu agradeço a população de Ponta Grossa, que me deu praticamente 50% dos votos. Eu, como deputado [estadual], vou dedicar o melhor de mim a Ponta Grossa", ressalta.