O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que a morte de Eduardo Campos muda o quadro para a disputa eleitoral. No entanto, afirmou que agora não irá se antecipar e pensar uma análise política neste momento de dor.
Muito sensibilizado com a morte do ex-governador, de quem foi aliado durante toda sua gestão (2003-2010), Lula afirmou que sua a relação dos dois "extrapolava a política, nós éramos dois companheiros, o Brasil não merecia isso".
"Lembro até de uma certa ciumeira com a minha relação com Eduardo quando ele era governador de Pernambuco e diziam que eu beneficiava ele", acrescentou.
O ex-presidente afirmou que, por mais que eles tenham se afastado nos últimos meses, motivado pela disputa eleitoral, os dois sempre foram muito ligados. "Nenhum ser humano está preparado para receber a notícia como recebi, fiquei torcendo para não ser verdade quando a presidente Dilma me deu a notícia ontem de manhã", falou.Após receber a notícia, Lula disse que procurou por Roberto Amaral, presidente em exercício do PSB, mas que não conseguiu contato.
O ex-presidente disse que também telefonou para Renata, viúva de Campos, e afirmou que "não há palavras que possam confortar alguém que perdeu um ente querido, a única coisa que disse é para que ela tenha fé, acredite em Deus, você tem que se agarrar em alguma coisa. O filhinho (Miguel, de 7 meses) será a força motora, por mais difícil que seja", falou.
Por fim, Lula disse também que irá procurar por Marina Silva, a quem tem "profundo respeito como ex-ministra, fundadora do PT e candidata", mas que diante de uma tragédia dessa, é preciso dar ao menos um tempo para descanso e reflexão.
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