Produtividade quase zero marca período eleitoral

O Congresso Nacional teve atuação abaixo da média durante a campanha eleitoral

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Quatro deputados estadu­­ais que tentam manter uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na próxima legislatura utilizaram funcionários dos gabinetes, pagos com dinheiro público, para fazer campanha. A prática, proibida por lei, foi comprovada pela Gazeta do Povo que, nas últimas duas semanas, percorreu gabinetes na Alep e comitês de campanha.

Os funcionários que fazem "jornada dupla" estão alocados nos gabinetes dos deputados Teruo Kato (PMDB), Pastor Edson Praczyk (PRD), Jonas Guimarães (PMDB) e Osmar Bertoldi (DEM). Em alguns casos, as atendentes de gabinetes afirmaram que o local estava vazio porque "todos estavam na rua em campanha".

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No caso de Jonas Guima­­rães, a reportagem verificou que a funcionária Vilma Faria é a coordenara da campanha de reeleição e realiza trabalhos durante o horário em que deveria estar na Assembleia. No site da Alep consta que Vilma é comissionada nível G1 e recebe salário de R$ 9.760.

Já o motorista Zilmar Frei­­tas de Melo, alocado no gabi­­nete do deputado Osmar Ber­­tordi, também realiza trabalhos para campanha durante o expediente. Procurado, outro funcionário do político afirmou que Melo nunca está na Alep porque "fica andando para cima e para baixo em função da campanha". O salário pago a Melo é de R$ 8 mil.

O chefe de gabinete do Pas­­­­tor Edson Praczyk, Moises Adilson Veloso, é outro comissionado que comete a irregularidade. Veloso é responsável, entre outras atividades, pela contratação de pessoas para panfletagem. Segundo o site da Alep, tem salário de R$ 14.480. No gabinete de Teruo Ka­­to, por sua vez, Mauro Eidi Hamasaki, com remuneração de R$ 1,8 mil, contrata pessoal para a campanha dentro gabinete. Santinhos e adesivos do candidato são distribuídos no local.

A assessoria de imprensa de Osmar Bertoldi confirmou que o motorista Zilmar Freitas de Melo "eventualmente pode ter feito algum serviço para campanha". Porém, disse que não conseguiu localizar o político para averiguar a situação. Jonas Guimarães, também por meio da assessoria, afirmou que não tem conhecimento do uso de funcionários na campanha. A orientação, segundo ele, é "não fazer nada de errado". Teruo Kato informou que pediu aos funcionários para só fazerem campanha fora do horário de expediente. Edson Praczyk não foi encontrado para comentar o assunto. O seu chefe de gabinete, Moises Adilson Veloso, negou qualquer irregularidade.