A candidata do PT ao governo do Paraná, Gleisi Hoffmann, criticou o governador Beto Richa (PSDB) na noite desta sexta-feira (15) e minimizou o impacto da não liberação de empréstimos pelo governo federal para o estado nos últimos anos. A petista participou de uma sabatina promovida pelo Rotaract Club de Curitiba Norte, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba.
Gleisi negou que o governo federal, do qual ela fazia parte até o início de fevereiro (a petista era ministra-chefe da Casa Civil) tenha impedido o estado de acessar os recursos do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste), como acusa o governador e candidato à reeleição Beto Richa. "Não foi isso que aconteceu. O Paraná tinha pedido a liberação do crédito com juro subsidiado. Só que o estado tinha que estar em dia com algumas leis e naquele momento tinha estourado o limite de gastos com pessoal", afirmou.
A candidata citou o orçamento do estado para dizer que os recursos do Proinveste representam menos de 1% do bolo total. "O Proinveste é de R$ 217 milhões e a receita anual do estado é de mais de R$ 30 bilhões [foi de R$ 35 bilhões em 2014]. Será que essa parte, que representa menos de 1%, faz tanta diferença?", questionou. "Nunca vi um estado que não põe gasolina nos carros da polícia, não conserta ambulância, não manda dinheiro para escola. Isso é desculpa para justificar incompetência e incapacidade administrativa."
Ela também criticou a atual administração pelo fato de o estado não investir o mínimo de 12% de seu orçamento em saúde, como determina a Constituição Federal, e por causa do grande número de cargos em confiança. "O Paraná aumentou em mais de 350% o gasto com cargos comissionados nesta gestão."
A candidata disse ainda que, se for eleita, precisará "reestruturar o estado" e citou o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Institucional do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) como exemplo de órgãos sucateados. "Infelizmente conseguiram sucatear nosso estado", criticou. A petista disse ainda que, caso vença as eleições, a Sanepar voltará "a ter foco na água, porque está com foco na distribuição de dividendos."
Gleisi começou sua exposição falando sobre sua ideia de governo e disse que a base de uma possível administração do PT no Paraná será a "participação social e a transparência". "O modelo de desenvolvimento tem que focar no social, no econômico e no ambiental, levando em conta as diferenças que tem no estado", afirmou.
Antes da petista, foram sabatinados pelo Rotaract os candidatos Bernardo Pilotto (PSOL), Túlio Bandeira (PTC), Beto Richa (PSDB), Genoísio Marinho (PRTB), Roberto Requião (PMDB) e Ogier Buchi (PRP).
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Deixe sua opinião