A candidata do PT ao governo do Paraná, Gleisi Hoffmann, desafiou ontem o governador e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB) a apresentar uma obra feita pelo governo sem recursos federais. Em entrevista ao Paraná TV 2ª Edição, da RPC TV, a candidata disse que Richa acusa o governo federal de "discriminar" o estado para "justificar a incompetência da sua gestão." O tucano vem acusando o governo federal de dificultar o acesso do Paraná a empréstimos.
Gleisi voltou a lembrar que o orçamento do Paraná é de aproximadamente R$ 30 bilhões anuais (foi de R$ 35 milhões neste ano) e que os empréstimos por meio do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste) eram da ordem de R$ 817 milhões. "O candidato à reeleição já pôde administrar R$ 100 bilhões. Será que por R$ 817 milhões deixou de fazer tanta coisa?", questionou. Segundo ela, houve demora na liberação porque o estado gastava muito com pessoal e não investia o mínimo constitucional, de 12% do orçamento, em saúde.
A petista citou obras como as do Contorno Norte, em Maringá, e do Contorno Leste, em Cascavel, para exemplificar os investimentos federais no estado. Segundo ela, o Paraná é o segundo estado com mais recursos do governo federal para rodovias e já recebeu R$ 15 bilhões para investimentos em moradia. "Quase todo investimento aqui é do governo federal. Eu desafio o governador a mostrar um grande investimento dele."
A petista também comentou a prisão de Eduardo Gaievski, seu ex-assessor na Casa Civil. Ex-prefeito de Realeza, no Sudoeste do estado, Gaievski foi preso no ano passado acusado de pedofilia. "Sou mãe e sempre lutei pelos direitos da mulher. Não teria permitido que contratassem [se soubesse das acusações]", disse. Ela negou que o ex-deputado federal André Vargas, que teve a cassação do mandato recomendada pelo Conselho de Ética da Câmara nesta semana, suspeito de ligação com o doleiro preso Alberto Youssef, seria coordenador de sua campanha.
Gleisi prometeu ainda que, se for eleita, criará o programa Mais Médicos Paraná, baseado no Mais Médicos, do governo federal, e que estabelecerá uma política para garantir o subsídio ao transporte coletivo da região metropolitana de Curitiba "sem precisar de convênios."
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