Candidata ao governo pelo PT, a senadora Gleisi Hoffmann percorreu neste sábado (13) a região Norte do Paraná. A agenda começou pela manhã com carreatas por Jandaia do Sul, Cambira, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé e Londrina, encerrando com uma reunião regional no último município, à noite.
Participaram do encontro lideranças e militantes petistas e de partidos coligados. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o deputado estadual Ênio Verri e o candidato a senador Ricardo Gomyde fizeram parte da comitiva pelo interior.
Esse tipo de ação, segundo a petista, deve ser priorizado durante este mês de setembro. "Vamos organizar a campanha com esse objetivo, de passar no numero maior de municípios possíveis", comentou.
Gleisi argumentou que a recepção apresentada pelas comunidades que visitou tem sido positiva, "sem hostilidade", e que já é possível sentir a população mais "conscientizada" sobre as eleições deste ano. "As pessoas estão mais próximas do que antes. Não estavam muito focadas na política. Agora, a população, os eleitores se conscientizaram de que têm que escolher, prestar atenção nas propostas, participar do processo", sustentou.
Em sua terceira passagem por Londrina como postulante ao governo estadual, a candidata assinalou que a prioridade de seu mandato será a saúde. As propostas para o setor, observa, são gerais, mas podem impactar em todas as regiões do Paraná.
Uma delas seria a criação do programa Mais Médicos Especialistas, a fim de reduzir a espera por consultas com especialistas, e o estabelecimento de consórcios de saúde. "Queremos arrumar a situação da saúde no Paraná. O estado tem condição, não pode deixar as pessoas esperando seis, sete meses por uma consulta", defende.
Pesquisas
As lideranças que acompanharam a candidata pediram o empenho dos apoiadores nestes pouco mais de 20 dias que faltam para o fim das eleições. A crítica às pesquisas em que a candidata aparece atrás de Beto Richa e Requião não faltou nos discursos.
A própria Gleisi assinalou que "a eleição ainda está aberta". Paulo Bernardo lembrou que, em 2006, quando a petista concorreu ao Senado, aparecia nas pesquisas com 2% e chegou ao final do pleito com 45%. "Para governador, estamos com ao redor de 60% de pessoas que ainda não têm candidato. O voto ainda não está definido", assinalou. Gomyde, por sua vez, completou: "Nunca ganhamos a eleição com pesquisa. A maneira como as pessoas saem do comércio para cumprimentar Gleisi, as pesquisas não podem esconder."
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