A Executiva do PMDB do Paraná, eleita na última sexta-feira, encaminhou ontem à Justiça um documento em que a Comissão Executiva Nacional do partido reconhece as mudanças na direção da legenda no estado. As informações foram enviadas na tentativa de recuperar a posse da sede da legenda em Curitiba, já que, na segunda-feira, o grupo político destituído do comando do partido conseguiu uma ordem de reintegração de posse do local.
Segundo o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que assumiu a presidência estadual do PMDB no lugar do deputado federal Osmar Serraglio, a Justiça deveria decidir ainda ontem se devolveria ou não a sede do partido ao grupo eleito na última sexta-feira. Conforme a primeira liminar, o juiz substituto José Eduardo de Mello Leitão Salmon, do Tribunal de Justiça do Paraná, entendeu que não havia provas de que a Comissão Executiva tivesse sido de fato dissolvida.
"A reintegração de posse foi baseada no fato de que a dissolução não seria legítima, mas quem referenda isso é a direção nacional do partido. Como só faltava essa informação, isso já está superado, é só uma questão burocrática", afirmou Rocha Loures. "Nós refutamos tudo isso, já que a ata da reunião [de sexta-feira] comprovou tudo que a gente falava: eles omitiram o edital, votaram um assunto que já estava revogado e não deram oportunidade de defesa a ninguém", rebateu Serraglio.
As alterações na Executiva Estadual do PMDB foram realizadas em reunião do diretório na sexta-feira, na qual compareceram 43 dos 71 possíveis votantes. Liderados por Roberto Requião, candidato ao governo do estado, os membros do diretório convocaram a reunião alegando que os membros destituídos estariam atrapalhando as eleições majoritárias.
Como a Executiva determinou o fechamento da sede do partido até domingo, por luto pela morte de Eduardo Campos, Requião e seus aliados fizeram a reunião na calçada. Depois, o grupo chamou um chaveiro para abrir a porta e ocupar a sede. Na segunda-feira, membros destituídos conseguiram na Justiça a reintegração de posse.
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