Um dia após a condenação dos principais réus petistas no processo do mensalão, o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse que o STF (Supremo Tribunal Federal) precisa julgar agora o caso do mensalão tucano para "manter sua imparcialidade".
"Eu penso que, até para que o STF mantenha sua condição de imparcialidade, na sequência desse julgamento ele deve imediatamente iniciar o julgamento do mensalão tucano. Para que não paire dúvidas de que o Supremo é imparcial e vai julgar todos indistintamente", afirmou.
O petista disse também que o STF deve usar a jurisprudência construída neste julgamento para "passar em revista a origem de tudo". "Tudo começou com o PSDB de Minas Gerais", disse.
Haddad disse ainda que a decisão do STF deve ser respeitada e lembrou que oito ministros da corte foram indicados pelo ex-presidente Lula. O discurso já vinha sendo usado pelo candidato quando ele era questionado sobre o tema no primeiro turno.As declarações de hoje foram dadas antes de o petista participar de uma carreata em Cidade Tiradentes, na zona leste.
Religião
O petista também comentou o apoio de igrejas evangélicas a seu adversário no segundo turno, José Serra (PSDB).
O pastor evangélico Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, prometeu voltar a usar o chamado "kit gay" para "arrebentar" Haddad.
"O Serra instrumentaliza as religiões. A minha família está muito indignada, mas eu perdoo. Perdoo porque acho que meu papel nesta eleição é tentar trazer um pouco de luz para o debate", afirmou. "Ele já foi derrotado em 2010 em função desse comportamento e eu entendia que ele tinha aprendido a lição".
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