Órgão de estudos e formação política do PSDB, o Instituto Teotônio Vilela divulgou nesta terça-feira (21) texto em que questiona o resultado da pesquisa do Datafolha que apontou vantagem numérica de Dilma Rousseff (PT) sobre Aécio Neves (PSDB) na corrida presidencial.
De acordo com o instituto tucano, o resultado "serve como luva à estratégia petista de tentar esfriar os ânimos dos eleitores de Aécio Neves". Em sua análise, a disputa está "cabeça a cabeça", na pior das hipóteses.
De acordo com a pesquisa do Datafolha divulgada na segunda, Dilma tem 52% dos votos válidos (que excluem nulos e brancos) contra 48% do tucano. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, há empate técnico no limite da margem de erro, com maior probabilidade de Dilma estar na frente. "Não há nenhuma indicação evidente de que a candidata à reeleição tenha, efetivamente, vantagem no momento", diz o texto do Teotônio Vilela, que afirma haver erros de metodologia na pesquisa.
Entre outros pontos, o instituto tucano diz que a abstenção é desconsiderada. "Ela tende a ser maior no Nordeste, onde o governo costuma ser mais forte, e nos Estados onde não haverá segundo turno. Considerando as votações de primeiro turno, este componente também tende a pesar a favor da candidatura de Aécio."
O texto diz também haver um "viés comum às pesquisas" de "superfaturar os votos favoráveis ao governo e sub-representar os votos da oposição." Aécio também criticou nesta terça o resultado do Datafolha.
O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, afirmou que "as pesquisas divulgadas nesta semana pelo Datafolha mantêm as mesmas bases amostrais das que foram divulgadas na semana passada, que mostravam Aécio Neves numericamente à frente de Dilma Rousseff." E completa: "Até então, não havia nenhuma contestação."
Segundo ele, as pesquisas consideram a abstenção, não havendo efeito algum sobre os resultados divulgados.
PTOs institutos sofreram críticas após a divulgação dos resultados do primeiro turno devido à diferença entre os números de pesquisas concluídas na véspera da eleição e os apurados nas urnas. Aécio, por exemplo, aparecia com 26% no Datafolha encerrado no sábado (com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos), e com 27% no Ibope. No resultado do Tribunal Superior Eleitoral, o tucano ficou com 34% dos votos válidos.
O petista Alexandre Padilha, candidato derrotado ao governo de São Paulo, foi um dos que criticaram os institutos. Os levantamentos concluídos pelo Datafolha e Ibope na véspera apontavam que ele teria no máximo 16% dos votos válidos. Padilha terminou a disputa com 18%.
"Não vou falar que tem má fé, mas algo tem que ser explicado porque toda vez, a 12 horas da eleição, os institutos de pesquisas dão sete pontos a menos para o PT em São Paulo. Há algo nos institutos que não acompanham a realidade do processo de decisão de voto do povo aqui em São Paulo", disse o petista após o resultado.
Na ocasião, diretores dos institutos de pesquisa argumentaram que diferenças como essas não representam erros de previsão porque levantamentos da véspera não têm a função de antecipar resultados, e sim apontar tendências.
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