Depois de quase seis horas de confusão, a Polícia Militar apreendeu na tarde de ontem materiais de campanha num comitê eleitoral de Beto Richa (PSDB), em Curitiba. Os panfletos foram levados após o barracão ser invadido pelo ex-secretário de Educação do Paraná Maurício Requião, irmão do candidato Roberto Requião (PMDB), e pelo deputado federal Dr. Rosinha (PT), coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff no estado. Eles disseram ter ido ao local para denunciar a existência de panfletos apócrifos contra Requião e a candidata Gleisi Hoffmman (PT). A campanha de Richa nega.
A imprensa não teve acesso ao material apreendido. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), porém, não foi encontrado qualquer panfleto apócrifo eleitoral. "Não restou comprovada a prática de crime eleitoral", informou em nota. Já o Tribunal Regional Eleitoral informou que uma caixa apreendida com 3 mil panfletos ainda está sendo analisada. O material tratava da relação entre Gleisi e seu ex-assessor na Casa Civil da Presidência Eduardo Gaievski, condenado por abuso sexual de menores.
A confusão teve início no fim da manhã, quando Maurício, Rosinha e integrantes da campanha peemedebista foram até o barracão tucano. O ex-secretário afirmou ter contatado as polícias Militar e Federal enquanto se dirigia ao local. Chegando lá, ele disse que uma Kombi carregada com panfletos apócrifos contra Requião e Gleisi estava deixando o barracão e, por isso, teria tomado a decisão de entrar no local. Maurício declarou ainda ter encontrado folhetos sendo queimados.
Funcionários da campanha de Richa acionaram a PM, por invasão de propriedade. Com a chegada dos policiais, houve princípio de tumulto e Maurício afirmou ter recebido voz de prisão informação negada pela PM. Dois oficiais de Justiça estiveram no local para realizar uma vistoria e recolheram uma caixa para análise. Em nota, a Sesp informou que abriu uma investigação criminal contra Maurício e mais seis pessoas, por invasão de propriedade particular.
Defesa
A campanha de Richa confirmou que o barracão é usado como depósito de cavaletes e materiais. O coordenador da campanha, Eduardo Sciarra (PSD), disse que os panfletos apócrifos contra Requião teriam sido plantados, num sinal de desespero. Sobre o material contra Gleisi, ele disse que estava guardado no barracão porque teve a circulação proibida pela Justiça a campanha de Richa está recorrendo da decisão. "Eles foram produzidos legalmente, inclusive com o CNPJ da coligação. Ele tanto não é apócrifo que estamos questionando a decisão judicial."
STF e governistas intensificam ataques para desgastar Tarcísio como rival de Lula em 2026
Governo e estatais patrocinam evento que ataca agronegócio como “modelo da morte”
Pacote fiscal pífio leva Copom a adotar o torniquete monetário
Por que o grupo de advogados de esquerda Prerrogativas fez festa para adular Janja