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Roberto Requião (PMDB)

Roberto Requião

Me chama que eu vou

E vou com vontade

Todo o Paraná

Conhece a verdade

Me chama que eu vou

Pelo muito que foi feito

Me chama que eu vou

Reconheço e respeito

Me chama que eu vou

Afirmar a realidade

Me chama que eu vou

Confirmar a seriedade

Me chama que eu vou

Requião, eu vou meu irmão

Me chama que eu vou

Requião governador

• Mensagem: ressalta realizações anteriores

• Estilo: emocional

• Público-alvo: genérico

CARREGANDO :)

Gleisi Hoffmann (PT)

Foi difícil mas já deu

Agora vai passar

A gente já entendeu

Que tudo pode mudar

A esperança é a atitude

De fazer o melhor

De fazer diferente

Pelo nosso Paraná

Ela vem pra nos abraçar

Vem construir, vem inovar

Vem mostrar que agora é diferente

Que um novo tempo chegou pra ficar

Agora é 13, agora é Gleisi

Governadora sempre perto da gente

Agora é 13, agora é Gleisi

Porque mudar é olhar pra frente

• Mensagem: critica o atual governo e propõe mudanças

• Estilo: moderno

• Público-alvo: jovem

Beto Richa (PSDB)

Quem é do Paraná

Sabe o que é trabalho

Olha pra frente, vai adiante

Quem é do Paraná

Sente tanto orgulho

Ser dessa terra é ser confiante

Quem é do Paraná

Sabe que é pra já

A vida melhor, o sonho de viver

Um Paraná, eu e você

O caminho certo, seguir, crescer

Beto é o Paraná que acredita

Beto eu quero

Beto, Beto Richa

Beto é o Paraná que eu acredito

Beto eu quero, Beto

E tenho dito

• Mensagem: reafirma o caminho certo e propõe continuar

• Estilo: moderno

• Público-alvo: genérico

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Um "chiclete". Pegajoso. Aquele que você acorda no meio da noite e se lembra. Esse é o bom jingle eleitoral. Desde a estreia em campanhas ao ritmo das marchinhas, em 1929, até os variados estilos atuais, os jingles sempre foram peça publicitária fundamental nas eleições. É por meio deles que os candidatos buscam fixar no eleitor os números que esperam ver digitados na urna no dia da votação.

VÍDEO: Relembre jingles que marcaram a história das eleições

"O jingle é uma peça publicitária que deriva da estratégia de campanha", explica o especialista em marketing eleitoral Car­­los Manhanelli, autor do livro "Jingles Eleitorais e Marketing Político - Uma Dupla do Barulho". Para Ma­­nhanelli, a ferramenta tem dois propósitos básicos: fixar o número do candidato ou apresentar um conceito. Ele cita como exemplo o conhecido jingle criado em 1989 por Hilton Acioly e intitulado Sem Medo de Ser Feliz (mais conhecido como Lula lá). "A intenção era rebater o medo que se tinha do Lula naquela época", comenta.

A professora do mestrado em Comunicação da UFPR Luciana Panke lembra que a importância do jingle é ainda maior nos municípios pequenos, onde nem sempre a população tem acesso à internet e mesmo ao programa eleitoral. Os carros de som fazem o papel de divulgadores do candidato. O jingle "tem que ser alegre, tem que anunciar a vitória que está próxima", define Manhanelli. A intenção é envolver o eleitor e fazer com que ele se lembre da música e, consequentemente, do número do candidato na hora da votação.

Nem todos os candidatos têm essa percepção. O candidato ao governo do Paraná Roberto Requião (PMDB), por exemplo, usa a mesma música de campanhas anteriores. E não apresenta seu número de registro. "Não é eficiente", comenta Manhanelli. Para Luciana Panke, porém, a intenção de repetir o mesmo jingle é "justamente reavivar a memória do eleitor". Para Manhanelli também é evidente a intenção de aproximar o candidato do eleitor, com frases como "me chama que eu vou". Mas "o ritmo é para baixo" e não empolga, na avaliação do especialista. Já a pesquisadora da UFPR acredita que a música calma foi pensada para suavizar a imagem do candidato.

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Já o jingle de Gleisi Hoffmann (PT), uma canção de dois minutos e 22 segundos, busca atrair o público jovem, na avaliação dos especialistas. Com melodia elaborada e trechos de rap, "não deve ter muito impacto na população mais velha", diz Manhanelli. O pesquisador acredita que o jingle deve ser "fatiado" para que apenas o refrão com o nome da candidata e seu número na urna seja tocado. Expressões como "ela vem pra nos abraçar" e "olhar de quem cuida", na avaliação de Luciana Panke.

De acordo com a assessoria de comunicação da campanha de Beto Richa (PSDB), o jingle oficial do candidato, por enquanto, será o mesmo usado durante a convenção do PSDB que o escolheu para a disputa. Para Carlos Manhanelli, "o ritmo agrada todo mundo". O resultado demonstra "a técnica de quem sabe fazer jingle", afirma Manhanelli. "É um jingle mais alegre, mais festivo, parece de comemoração", complementa Luciana.

Internet

Clipes na internet dialogam com a linguagem virtual

Uma característica presente nos jingles atuais é a tentativa de dialogar com a internet. Em seu canal no YouTube, Gleisi Hoffmann (PT) apresenta seu jingle em forma de videoclipe. Imagens geométricas coloridas se sobrepõem rapidamente enquanto uma legenda apresenta a letra. Em alguns momentos, o nome da candidata aparece em letra minúscula, forma muito usual na internet, especialmente nas hashtags, palavras-chave usadas em aplicativos como Twitter, Facebook ou Instagram.

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O jingle de Beto Richa, que ganhou videoclipe no Facebook, também apostou em símbolos ligados ao universo virtual. No final da apresentação, o número do PSDB vem em formato de hashtag (#45). O nome do candidato vem seguido do símbolo "curtir" do Facebook.

Já Roberto Requião (PMDB) mantém em seu site e também em seu canal no YouTube um videoclipe com um jingle que ressalta o número do partido. Para ilustrar, são usados emojis, uma evolução dos conhecidos emoticons, carinhas e bonequinhos usados tanto na internet como em aplicativos de telefone celular. "Não parece o tipo de jingle que vai para o horário eleitoral", diz a pesquisadora. Para ela, trata-se de um material para internet e materiais alternativos.