O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, não era uma personalidade política conhecida na Europa, mas mesmo assim a imprensa internacional deu grande destaque sobre o acidente que resultou em sua morte.

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● Leia a cobertura completa da morte de Eduardo Campos

Todos os maiores jornais do continente lamentaram o fato de que Campos deixa uma lacuna no cenário político brasileiro, e que as eleições perdem o maior representante da "terceira via" entre a presidente Dilma Rousseff, do PT, e Aécio Neves, do PSDB.

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Em reportagem, o jornal francês Le Monde apresentou Campos como um líder socialista próximo à terceira via, "um homem de esquerda favorável à economia de mercado". O maior diário da França lembra que sua vice de sua chapa, Marina Silva, pode assumir a candidatura do PSB, depois de ter sido a terceira colocada no pleito de 2010. O jornal destaca que Marina é uma ambientalista reconhecida em nível internacional.

Já o jornal Libération, de centro-esquerda, afirma que a morte do candidato leva "a campanha presidencial ao luto no Brasil". O texto diz ainda que Campos gravaria hoje um programa para o horário eleitoral ao lado de Marina Silva e destaca que os demais candidatos optaram por anular seus compromissos de campanha em respeito à perda.

Na Inglaterra, The Guardian destaca que a morte abre um momento de incertezas nas eleições no Brasil. Já projetando o pleito sem Eduardo Campos, o jornal afirma que o debate sobre o futuro da campanha já teve início. Já o Financial Times, que destacou a morte do brasileiro em foto de capa de seu website, afirma que o acidente aérea "rouba do país uma de suas estrelas em ascensão políticos e muda as perspectivas para as eleições nacionais mais disputada por mais de uma década".

Na Espanha, o jornal El Mundo afirmou que Campos representava a terceira via no Brasil, entre Aécio Neves, o candidato de centro-direita, liberal, e a atual presidente Dilma Rousseff, de centro-esquerda.

Na Itália, o diário La Republica também deu destaque ao acidente reiterando que Campos representava uma alternativa ao Partido dos Trabalhadores (PT), com o qual havia rompido. O jornal também destaca sua parceria com a ambientalista Marina Silva, que agora passa a ser a maior favorita da chapa para enfrentar Dilma Rousseff.

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