Marcos Juliano Ofenbock, um dos idealizadores do movimento Voto Livre, que teve manifestação repreendida pela PM| Foto: Ivonaldo Alexndre/Agência de Notícias Gazeta do Povo

A votação em Curitiba acontece tranquilamente neste domingo (28). No entanto, duas manifestações intituladas como apartidárias, em frente ao Colégio Estadual do Paraná, chamaram a atenção dos delegados eleitorais no local de votação e da Polícia Militar (PM), o que resultou em advertência para os dois grupos.

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Os primeiros que tiveram que se explicar foram integrantes do movimento Voto Livre. Perto das 11 horas da manhã, dois membros da organização panfletavam em frente ao colégio com o objetivo de divulgar o projeto de encaminhar proposta de lei municipal por iniciativa popular que incentive o uso de bicicleta em Curitiba. A atitude irritou fiscais dos partidos. Segundo Joel Jesus de Macedo, secretário administrativo do local de votação, ambas as campanhas reclamaram, pois alegaram que o material de publicidade poderia ser vinculado indiretamente a um candidato ou outro.

"Os dois partidos reclamaram porque o panfleto poderia favorecer um dos lados e poderia ser visto como uma propaganda induzida pelos eleitores", explicou Macedo.

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Já para o advogado da Voto Livre, Henrique da Costa Ressel, os panfletos são apartidários e não incentivam os eleitores a votar em nenhum dos candidatos. "Pelo artigo 39 do Código Eleitoral, manifestações apartidárias podem acontecer e o nosso movimento deseja que a população faça suas próprias leis e não os políticos", afirmou Ressel.

Um dos organizadores da Voto Livre, o empresário Marcos Juliano Ofenbock, contou que poucas leis foram aprovadas por iniciativa da população, como a Lei da Ficha Limpa. "O cidadão tem que ter a noção de que os políticos são os nossos empregados e não ao contrário", disse ele. Mesmo assim, o grupo foi encaminhado pela PM, recebeu uma advertência e em seguida foi liberado.

Outra manifestação que acabou em advertência foi de um grupo de estudantes do Colégio Estadual que encontrou cavaletes dos candidatos à prefeitura no Passeio Público, o que é proibido em dia de eleição. O grupo, que já se manifestou no mesmo local durante o primeiro turno contra a sujeira causada pelos santinhos e cavaletes, pintou as fotos dos cavaletes, escondendo o rosto dos políticos. Os fiscais partidários também não gostaram e os integrantes do grupo foram encaminhados à polícia para esclarecimentos.

Segundo o terceiro sargento da PM César Augusto Carneiro, os manifestantes foram encaminhados para prestar esclarecimentos e logo em seguida foram liberados. "Agora encaminhamos essas ocorrências para o Tribunal Regional Eleitoral e lá eles vão decidir e julgar se são culpados ou não", disse o PM.