Em campanha em Brumado (BA), 555 quilômetros ao sul de Salvador, a candidata do PSB à presidência, Marina Silva, classificou como "ilação" a citação ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em 13 de agosto, nas delações premiadas feitas pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa.

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Sem se aprofundar no tema, Marina afirmou que "o fato de haver um investimento da Petrobras em seu Estado não dá o direito, a quem quer que seja, de colocá-lo (Campos) na lista dos que cometeram irregularidades" na empresa. "Neste momento, todo o Brasil aguarda as investigações dos desmandos da Petrobras, que estão ameaçando o futuro da empresa e o futuro do pré-sal", disse. "O governo tem de explicar a má governança que ele fez na Petrobras, levando essa empresa que sempre foi exitosa e respeitada dentro e fora do Brasil a quase uma total falência. Algumas coisas não podem continuar."

Marina ainda aproveitou para ironizar os recentes ataques que têm recebido por parte da campanha da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), que critica a suposta falta de prioridade que o programa de governo de Marina dá à exploração de petróleo e que levanta a suspeita de futura privatização da empresa.

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"Quem está ameaçando o pré-sal não somos nós, nós vamos manter a exploração no pré-sal e usar os recursos para a saúde e para a educação, para que a gente tenha conhecimento, ciência, tecnologia, informação, para ajudar a melhorar o futuro do Brasil", disse. "Quem ameaça o pré-sal é a corrupção que está assolando a Petrobras."

O candidato a vice-presidente na chapa de Marina, Beto Albuquerque, também defendeu Campos das acusações. "Repudio as ilações e a vilania que estão tentando fazer contra Eduardo Campos depois que ele morreu", disse. "Quando ele estava vivo, não tinham coragem de enfrentá-lo. Agora, começam a levantar acusações, como se ele pudesse se defender.

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