Os candidatos à Presidência usaram o horário eleitoral na televisão para apresentarem propostas relacionadas à educação e à segurança pública, aliviando as críticas aos adversários, que, mesmo assim, ainda se fizeram presentes.

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O candidato do PSDB, Aécio Neves, começou seu programa dizendo que uma das suas maiores críticas ao governo é que ele "sempre procura uma desculpa ou um culpado para justificar aquilo que não resolveu" e focou a propaganda em segurança pública. "Segurança é problema do governo federal, sim senhor. Não temos que transferir responsabilidade", afirmou. "Vamos reformar o Código Penal para terminar com essa história de bandido entrar na cadeia por uma porta e, no dia seguinte, sair pela outra, sem pagar pelo que fez."

O candidato a vice na chapa tucana, Aloysio Nunes, apresentou a proposta da campanha de redução da maioridade penal para 16 anos em casos de crimes hediondos. "Em situações muito graves, crimes hediondos, queremos que, a partir dos 16 anos, o jovem possa ser julgado como adulto, mas que cumpra pena em presídios especiais, separado dos adultos", disse. O programa destaca ainda que Marina e Dilma são contra essa proposta. O programa teve ainda a participação de Geraldo Alckmin, correligionário de Aécio que lidera a eleição em São Paulo. Diferentemente de Alckmin, Aécio enfrenta dificuldades para decolar no maior colégio eleitoral do País.

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A presidente Dilma Rousseff (PT) repetiu seu programa sobre a educação, onde ela destaca metas para o Brasil, da creche à faculdade, e afirma que hoje o Brasil tem um plano para uma educação "global, integrada e inclusiva". "A educação brasileira está pronta para viver a maior transformação da sua história", afirmou Dilma.

Também foi repetida a fala do ex-presidente Lula na qual o petista afirma que o Brasil hoje é melhor do que quando era "governado por aqueles que governavam para poucos". No programa, Marina Silva (PSB) voltou a ser chamada de "certa candidata" e acusada de ser contra o pré-sal. "Ser contra o pré-sal é ser contra o futuro do Brasil", afirmou a apresentadora.

A propaganda da candidata do PSB repetiu a mensagem exibida no rádio mais cedo, de que tem um "novo projeto que quebra a polarização". "PT e PSDB se acostumaram a guerrear entre eles. Nós superamos essa briga e vamos fazer um governo diferente", disse Marina. "Não vamos destruir o que eles fizeram de bom, vamos manter e aperfeiçoar, corrigindo os erros e fazendo o que ainda não foi feito."

Na sequência, o programa adota o tema da educação, em vez do de segurança pública adotado no rádio. Marina também destaca a questão da Petrobras, dizendo que a estatal perdeu metade do seu valor e aumentou quatro vezes a sua dívida. "Precisamos recuperar a Petrobras para os brasileiros", disse.

Já o programa do candidato do PSC, Pastor Everaldo, repetiu a inserção no rádio e apresentou uma breve biografia do líder evangélico, destacando sua pobreza na infância e o fato de ele ter sido aprovado em um concurso público para office boy com 14 anos. O candidato repetiu que usará o dinheiro que "some no ralo da corrupção" para criar o Ministério da Segurança Pública.

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