Pesquisa revela que voto para presidente e governador não é casado
"A Marina entrou e bagunçou tudo na corrida presidencial no estado." Para o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, a reviravolta provocada pela morte de Eduardo Campos em âmbito nacional teve reflexos também no Paraná. De acordo com a última pesquisa Ibope no estado, divulgada na segunda-feira, a candidata do PSB tem 29% das intenções de voto no estado e aparece à frente dos demais concorrentes. O índice é maior que os 16% de votos que a ex-senadora recebeu dos paranaenses em 2010, quando disputou a Presidência pelo PV. Na avaliação de Hidalgo, outro dado que chama a atenção é a discrepância entre as intenções de voto no Paraná para os candidatos a presidente de PSDB e PT e para seus companheiros de partido que estão disputando o governo do estado. Apesar de o tucano Beto Richa ter 43% na pesquisa, Aécio Neves aparece apenas com 24%. Já a petista Gleisi Hoffmann tem somente 14% e não acompanha os 28% da presidente Dilma Rousseff. "Os números mostram que o voto não é casado, que ele é personificado. Mostra que o eleitor escolhe o candidato independentemente do partido", afirma Hidalgo. A pesquisa Ibope no Paraná foi encomendada pela Sociedade Rádio Emissora Paranaense Ltda. Foram entrevistados 1.008 eleitores em 59 municípios, entre os dias 21 e 23 de agosto. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou menos, com um intervalo de confiança de 95%. Registro no TRE com o número PR-00024/2014.
Da Redação
Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) segue à frente na corrida eleitoral pelo Planalto na simulação de primeiro turno. Mas a petista perderia a disputa de segundo turno para a candidata do PSB, Marina Silva. Segundo o levantamento, se a eleição fosse hoje, Dilma teria 34% dos votos contra 29% de Marina e 19% de Aécio Neves (PSDB). Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais, não há empate técnico entre Dilma e Marina. Mas Marina, num segundo turno, teria 45% das intenções de voto contra 36% da petista. Em um eventual segundo turno contra Aécio, a presidente teria 41% contra 35% do tucano. Essa foi a primeira pesquisa Ibope feita após a morte de Eduardo Campos, substituído por Marina na chapa do PSB.
INFOGRÁFICO: Os novos números do Ibope mostram Dilma empatada com Marina
Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Dilma aparece em primeiro, com 27% das intenções de voto. Marina vem em segundo, com 18%, seguida de Aécio, com 12%. Os outros candidatos somaram 2%. Dilma também aparece à frente na rejeição: 36% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum na petista. Aécio é rejeitado por 18% e Marina, por 10%. Quanto menor a rejeição, maior é a possibilidade de um candidato poder crescer nas intenções de voto.
O Ibope também pediu aos entrevistados para avaliarem o governo Dilma Rousseff (PT). Para 34% dos eleitores, a atual gestão é ótima ou boa. A avaliação regular está em 36%. E a avaliação ruim ou péssima ficou em 27%. A nota atribuída ao governo ficou em 5,6 numa escala de 0 a 10. O Ibope também mostra que 48% dos eleitores acreditam que o país está no rumo errado, 43% consideram que está no caminho certo e 10% não sabem ou não responderam à questão.
Repercussão
O vice-presidente do PT, deputado federal José Guimarães (PT-CE), creditou o bom desempenho de Marina na pesquisa Ibope à "onda midiática" que, segundo ele, impulsionou a candidatura da ex-senadora após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo. "Depois de todo o massacre midiático e promocional, estamos bem posicionados", disse Guimarães. "O Brasil não vive dessas ondas", acrescentou.
O ex-governador Alberto Goldman, coordenador da campanha de Aécio, afirmou que a pesquisa mostra que Dilma é quem mais perdeu. "Avalio que não há mais como Dilma ganhar essa eleição presidencial", disse. Ele também destacou que, pelo fato de Aécio ser o candidato menos conhecido dos três, é o que mais tem possibilidade de crescer.
Já o economista Eduardo Giannetti, um dos assessores econômicos da campanha de Marina, afirmou que o Ibope indica que o eleitorado brasileiro está buscando uma alternativa à polarização entre o PT e o PSDB.
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