Em reunião com o comando da campanha presidencial e Dilma Rousseff após o debate promovido por Folha de S.Paulo, UOL, SBT Jovem Pan, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, nesta segunda-feira (1º), que o segundo turno será o mais "longo da história".
A ex-senadora Marina Silva (PSB) é hoje a principal adversária do PT na disputa presidencial, após ter ultrapassado o senador Aécio Neves (PSDB) nas últimas pesquisas de intenção de voto. A última pesquisa Datafolha revelou que Dilma e Marina estão empatadas, com 34% das intenções de votos, cada uma.
Diante do novo cenário, o QG dilmista já traça estratégias para enfrentar a rival no segundo turno. Segundo a reportagem apurou, a campanha de "desconstrução" de Marina Silva será explorada na propaganda de TV de Dilma.
O comitê ainda avalia a data de estreia dos programas em que insistirão nos ataques ao que chamam de "inconsistência" das propostas de Marina.
No entanto, o PT não vai desqualificá-la pessoalmente. A campanha tem pesquisas qualitativas mostrando que a estratégia teria efeito reverso.
Na reunião, que ocorreu em um hotel em São Paulo à noite, Dilma disse ter gostado do seu desempenho no debate. Participaram da reunião, além de Lula e Dilma, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), o marqueteiro João Santana, o ex-ministro Franklin Martins e o presidente do PT, Rui Falcão.
Auxiliares da presidente defendem que ela admita, em novas oportunidades na TV, o que fará de diferente em um eventual segundo mandato.
Petistas elogiaram a espécie de "mea culpa" de Dilma nas considerações finais nesta segunda-feira (1º), quando a presidente admite que não está satisfeita com o governo, mas promete melhorar. A ideia foi a escolhida pela campanha para a fala de estreia de Lula no programa eleitoral de Dilma, no último dia 19.
Nesta terça (2), assessores de Dilma devem se reunir novamente em Brasília para retomar as discussões sobre a campanha.
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