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O jornal inglês "Financial Times" publicou um texto, nesta quarta-feira, em que qualifica Marina Silva (PSB) como uma candidata ainda desconhecida, porém não necessariamente diferente, como ela vem intitulando-se em sua campanha de uma "terceira via para a política brasileira". A análise foi divulgada em uma coluna de renome do jornal. A "Lex" costuma cobrir, com análises e opiniões, assuntos econômicos e financeiros do mundo.

A publicação diária do primeiro caderno do jornal inicia a análise da candidata do PSB chamando-a de "a ambientalista filha de um seringueiro da Amazônia" que está "intimidando tudo em seu caminho", em referência às recentes pesquisas de opinião que mostram suas grandes chances de vencer a eleição presidencial e bater a candidatura da atual mandatária, Dilma Rousseff (PT).

A coluna diz que a o Índice Bovespa aumentou 17%, que as ações da Petrobras cresceram um quarto, e que o preço de mercado do Banco do Brasil cresceu um terço, desde que Marina passou a disputar as eleições. No entanto, o texto avalia as duas companhias como "medíocres", apesar da promessa de Marina de menos interferência estatal, e ressalva que uma presidência da candidata verde precisará resolver os históricos problemas estruturais do país.

Isso porque, depois de uma década de crescimento, recorda o texto, a economia brasileira vai "engatinhar" meros 0,5% esse ano, segundo previsões do Banco Central. "Inflação, corrupção e a má gestão das empresas estatais estão mais aparentes agora que o crescimento e as commodities, que antes impulsionaram a economia e agora estão desacelerando", diz o jornal, que ressalta que essas avaliações devem amortecer as expectativas de que o país tenha uma recuperação semelhante a que foi vista na Índia, também um país emergente, após a eleição de Narendra Modi, este ano.

Já a candidata do PT é descrita como ruim para o setor energético, por conta do controle de preços que introduziu para limitar a inflação. O texto encerra com o alerta de que ainda não se conhece bem quem é Marina e de que "todos os governos no Brasil, uma vez no poder, foram tentados a utilizar empresas estatais para controlar a inflação".

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