A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, reiterou nesta quinta-feira (21) que pretende manter os compromissos assumidos por Eduardo Campos, morto em trágico acidente de avião na semana passada.
Marina, que foi formalizada como a candidata do partido na quarta-feira (20), tendo como vice o líder da bancada do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), reuniu-se nesta quinta-feira, em Brasília, com dirigentes dos partidos que compõem a coligação. "E o nosso compromisso é de manter todos aqueles interesses maiores da sociedade brasileira que já estão inscritos no nosso programa", disse Marina a jornalistas ao chegar à sede do PSB, em Brasília.
Como exemplos desses compromissos já assumidos, a ex-senadora citou o passe livre para estudantes, mais recursos para a saúde e "um olhar para a infraestrutura brasileira que seja capaz de fazer jus às imensas potencialidades que o nosso país tem". "Todos os compromissos que havíamos assumido programaticamente são os compromissos dessa aliança e, obviamente, que é sobre isso que os partidos estarão falando daqui a pouco", afirmou, referindo-se à reunião que teria com os dirigentes aliados.
Ao todo, cinco partidos (PPL, PPS, PRP, PSL e PHS) compõem a aliança junto ao PSB. Após a reunião, o presidente do PHS, Eduardo Machado, disse que Marina reafirmou os compromissos assumidos por Campos e redefiniu ainda a estrutura da campanha para incorporar os partidos coligados. "Ela incluiu cada presidente de partido (da coligação) na coordenação política da campanha", disse o dirigente.
O presidente do PSL, Luciano Bivar, que não participou da reunião e que manifestou publicamente descontentamento com a maneira como foi conduzida a escolha para a composição da nova chapa, disse que foi procurado nesta quinta por integrantes da campanha, que agendaram uma reunião dele com Marina na sexta-feira (22), em Recife.
"É um desprendimento dela muito grande. O PSL tem uma influência muito pequena no tempo de televisão", reconheceu Bivar. "O que queríamos era saber dos compromissos que firmamos com Eduardo Campos, queríamos ouvir de viva-voz dela", afirmou, citando a política para o agronegócio e a simplificação tributária como pontos a serem conversados com a candidata.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Deixe sua opinião