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A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, disse que o PT criou um "factoide" a respeito da empresa montada por ela para ministrar palestras, e afirmou que lamenta que a presidente Dilma Rousseff use o assunto como argumento de campanha. As declarações foram feitas nesta quinta-feira (4), em entrevista ao grupo RBS, no Rio Grande do Sul.

"O desespero está fazendo com que eles façam esse tipo de coisa. Lamento profundamente que a presidente Dilma se submeta a esse tipo de lógica", disse, classificando a situação como "vale tudo".

Marina afirmou que cogita pedir ao Ministério Público para investigar sua empresa para provar que não há nada de errado. "A minha 'empresinha', que é uma empresa que foi criada para fazer palestras, teve um faturamento nesses três anos de R$ 1,6 milhão. Nós pagamos todos os encargos, está na Receita Federal."

O comitê de Dilma, por sua vez, pedirá ao Ministério Público Eleitoral que abra uma investigação para apurar eventual omissão de Marina sobre os ganhos com as palestras. Para a campanha petista, o patrimônio declarado por Marina o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não parece compatível com os seus rendimentos brutos, levando em conta o faturamento de sua companhia, da qual ela figura como única dona.

Comparações

Ela também criticou a propaganda da adversária na televisão, que comparou sua candidatura com os governos de Jânio Quadros (1961) e Fernando Collor (1990-1992), que perderam apoio político e não completaram os mandatos. Ela disse que nunca imaginou ver uma crítica do tipo. "[Estão] dizendo que eu posso ser cassada, inclusive fazendo uma ameaça à nossa democracia."

Na mesma entrevista, Marina foi questionada sobre a possibilidade de elevação dos preços da gasolina. Ela disse que a política atual do governo é insustentável e que a presidente precisa dar uma resposta sobre a retenção de preços.

A presidenciável do PSB também fez uma crítica indireta ao tucano Aécio Neves e disse que não é possível nomear ministros antes da eleição. Segundo ela, é preciso primeiro ser "nomeado pelo povo". Aécio já afirmou que, se eleito, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga irá comandar a área econômica de seu governo.

Marina também foi questionada sobre a revisão do trecho de seu plano de governo que abordava políticas para homossexuais e afirmou que nem chegou a ler as declarações do pastor Silas Malafaia pressionando por uma mudanças em seus projetos.

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