Por que decidiu ser candidato ao Senado?Quem decidiu isso foi o grupo de trabalhadores das cooperativas, não fui eu. O sistema cooperativista que me lançou como opção para o Paraná no Senado. Eu não sou candidato de mim mesmo. Sou candidato do sistema cooperativista e do movimento sindical do Paraná
Quais as suas principais propostas?Uma das bandeiras que eu carrego é a alteração na lei eleitoral para que quando um político eleito saia candidato, ele deve obrigatoriamente renunciar seu cargo anterior. Assim impediria, por exemplo, que senadores que perdessem em eleições para o governo do estado voltassem ao Senado. Se fizermos essa mudança teremos muita renovação nas cadeiras do Congresso. Se não impedirmos essa prática, sempre os mesmos ocuparão os cargos.Eu também quero alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Acho que devemos diminuir a maioridade penal e revitalizar o programa Guarda Mirim, para que crianças e adolescentes tenham formação profissional e cheguem ao mercado de trabalho com uma profissão. Da maneira que está hoje estamos formando bandidos e facilitando o aliciamento de menores para a criminalidade. Rediscutir a possibilidade de um novo plebiscito para o desarmamento. As pessoas estão desarmadas, mas os bandidos não. As pessoas vivem presas porque não têm como se defender. Então eu acho que temos que discutir novamente essa questão, que ao meu ver, foi muito mal exposta pelo Brasil.
Qual sua área de atuação? É nela que pretende focar caso seja eleito?Também tenho várias propostas para a área do cooperativismo, como rediscutir o papel do BNDES no Brasil. Hoje ele financia grandes indústrias e empresas e as cooperativas não conseguem linhas de financiamento público adequadas. Com isso, você impede o crescimento econômico regional. Os juros do financiamento público são mais baixos em comparação com os dos bancos privados. É preciso rever toda essa situação. O BNDES financia hoje grandes empresas como a BR Foods e a JBL. E será que quando eles começarem a ter que pagar esses financiamentos essas empresas não vão abrir falência e dar calote, como ocorreu com a Parmalat?
Como o senhor vê a representação do Paraná hoje no Senado? O que pretende fazer de diferente dos atuais senadores?Vejo uma atuação no Senado muito pífia em relação ao estado. Nós temos senadores que só fazem oposição a qualquer governo. Eu pretendo cooperar com a governabilidade da Marina Silva, caso ela seja eleita. E nessa cooperação eu vou negociar os interesses dos paranaenses dentro do Senado.
Como você está fazendo sua campanha? Tem doadores ou conta com recursos próprios?Eu tive doações, mas também coloquei recursos próprios. A nossa campanha não é milionária. Eu estou percorrendo o estado e as cooperativas, que é meu foco.
O Paraná um dos estados que mais contribuem com tributos federais, mas ocupa a 24ª posição no ranking dos investimentos regionalizados previstos no orçamento da União. Entre 2002 e 2013, o Estado pagou R$ 42,60 em impostos para Brasília para receber R$ 1 em empenho de recursos. Como o senhor pretende atuar para melhorar essa situação?Eu quero que o Paraná volte a ser um estado com investimentos públicos federais sem toda essa parafernália. É preciso que o estado tenha um senador preocupado com o país, mas também preocupado com o Paraná. E que faça uma atuação municipalista.
Qual a sua posição sobre a o uso regulamentado e medicinal da maconha?Eu sou favorável. Nós temos que liberar o que for para melhorar a saúde da população. O Brasil tem que começar a avançar senão vai perder seus cientistas para outros países.
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