Mesários de Curitiba são treinados contra imprevistos na votação

Os cerca de 12 mil mesários que participarão das eleições em Curitiba estão sendo treinados, desde a última semana, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR). Até 30 de setembro, todos os mesários convocados pela Justiça Eleitoral terão aulas em que aprendem como proceder durante o dia da votação, em 5 de outubro. As aulas duram uma hora e meia, e são oferecidas seis vezes por dia, inclusive aos sábados e domingos. A Gazeta do Povo acompanhou uma delas.

Durante as aulas, os mesários assistem a um vídeo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com as principais informações do pleito, como a hora em que devem chegar à sessão, a maneira de organizar a sala de votação e o procedimento para ligar a urna eletrônica. Eles aprendem, ainda, as funções de cada mesário e recebem dicas sobre como agir em cada situação. Também há testes práticos com a urna eletrônica.

Como a identificação do eleitor é feita pelo reconhecimento biométrico da impressão digital, os mesários são familiarizados com as diversas situações que podem acontecer no dia da votação, como o não reconhecimento da digital pelo aparelho. Falhas no leitor biométrico são comuns. Os mesários também são orientados para agir nos casos de eleitor não querer votar ou pretende votar apenas parcialmente.

Os trabalhadores também aprendem procedimentos de segurança e tomam lições de como encaminhar as informações das urnas ao Cartório Eleitoral, para a computação dos votos.

Todas as informações passadas durante o treinamento estão disponíveis no Manual do Mesário, que é entregue a todos que irão trabalhar no dia das eleições. Voluntários

De acordo com o TRE-PR, o número de mesários voluntários aumentou 70% neste ano. A dona de casa Marival Tavares, 70 anos, é uma delas. Já são seis eleições em que ela trabalha como voluntária. Apesar da idade e da diversidade de códigos que os mesários precisam saber, dona Marival afirma que não é difícil trabalhar como mesária, e acredita que sua atitude é um exemplo para os mais novos. "Eu sempre falo: eu poderia estar na cama, e estou aqui trabalhando com vontade. Então, ninguém pode reclamar", brincou. Dona Marival afirmou que, enquanto puder, vai se voluntariar. "É uma forma de exercer a cidadania".