Em campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) pediu ontem a trabalhadores rurais do município de Carpina que "não se envergonhem quando forem chamados de ladrões" por apoiadores do tucano Aécio Neves (PSDB). "Não se envergonhem quando forem chamados de ladrões, porque não somos ladrões. Somos gente honrada que faz política para mudar", afirmou o ministro.
Apesar de ter feito uma autocrítica afirmando que o governo "poderia ter avançado mais", Carvalho disse que os adversários da candidata petista "não têm moral para nos atacar". "Ladrões são eles. São ladrões institucionais", afirmou aos agricultores. "Não tenho medo deles. Sei que estou na política para mudar o país", declarou, no evento promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco.
Na segunda-feira, o ministro havia dito a representantes de movimentos sociais no Recife que a campanha de Dilma atravessava um momento "delicadíssimo" e que garantir a vitória em Pernambuco era "questão de honra" para o PT e para o ex-presidente Lula, nascido no estado. A ex-candidata Marina Silva (PSB), que agora apoia Aécio, venceu o primeiro turno em Pernambuco.
"Plantou-se um ódio enorme em relação a nós", disse Carvalho ao comentar a dificuldade de diálogo com a classe média e a perda de espaço na periferia de São Paulo, reduto historicamente petista que, segundo ele, "azulou", numa referência à cor do PSDB.
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