Sem citar nominalmente os adversários, os três principais candidatos à Presidência da República reforçaram ontem aspectos negativos dos concorrentes na última propaganda eleitoral televisiva do primeiro turno. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador www (PSDB), respectivamente primeiro e terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto (veja mais detalhes na página 7), pediram que o eleitor "reflita".
Após exibir cenas da família em São João del Rei (MG), o tucano afirmou que oferece "ideias já testadas" durante o período em que governou Minas Gerais e que "é importante decidir com muita serenidade" quem tem "as melhores condições para fazer o Brasil ganhar". As falas reforçam a contraposição à candidatura de Marina Silva (PSB), empatada tecnicamente com Aécio e sem experiência em mandatos à frente do Executivo. Mais diretamente, o senador voltou a atacar o governo federal. "O Brasil não pode virar o país do vale tudo, do Eu não sabia a cada novo escândalo. Corrupção, imoralidade, abuso e desrespeito são inaceitáveis", disparou.
Dilma usou parte dos seus 11 minutos de tempo de tevê com o mote "novo governo, novas ideias" para relembrar propostas apresentadas desde que lançou sua candidatura. Em trecho em que conversa com o ex-presidente Lula, a petista diz que fica "impressionada" como seus opositores "não valorizam o pré-sal". Em discurso no fim da peça, ela pede ao eleitor que, ao votar, avalie "quem tem força e apoio político para fazer as mudanças que o Brasil exige".
Ao final, um narrador diz que "para mudar o país, é preciso escolher um lado", uma referência crítica à bandeira da "nova política" de Marina, que diz que governaria com os "melhores quadros" de cada partido.
A propaganda da candidata do PSB foi a última a ser veiculada. Marina usou o discurso gravado na quarta-feira na favela de Paraisópolis, em São Paulo. No vídeo, ela diz que "o Brasil de verdade tem muitos problemas. Não é aquela ilha de fantasia que aparece na propaganda", alfinetando Dilma. "No Brasil real, falta saúde e sobra doença, falta segurança e sobra medo", completa, culpando a "atual política mesquinha" pelos problemas do país.
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