A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, começará a tratar do esquema de corrupção na Petrobras já na propaganda eleitoral que vai ao ar na TV às 13 horas deste sábado (6). De acordo com dirigentes da campanha, a ex-senadora gravou na noite de sexta-feira (5), em São Paulo, um depoimento que servirá como uma espécie de vacina para o envolvimento do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos com o caso. Para isso, dizem pessebistas, Marina vai direcionar o foco do escândalo para o governo petista.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa listou em delação premiada o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), os líderes do Congresso, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e Campos entre os políticos envolvidos com o esquema de corrupção na estatal, segundo informou a revista "Veja".O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Romero Jucá (PMDB-RR) e os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP) também aparecem entre os nomes listados pelo ex-diretor.A cúpula da campanha de Marina foi informada sobre a divulgação da lista de Costa na tarde desta sexta-feira (5). A partir daí, a avaliação foi a de que a candidata precisaria ir para a televisão para falar sobre o assunto para criar uma vacina para a sua candidatura.
Até o fim da noite de sexta (5), porém, o entorno de Marina ainda não tinha certeza sobre o aparecimento do nome de Campos na lista. Por isso, a orientação da equipe foi fazer uma referência "bem leve" ao caso.
PSB
O PSB decidiu não se pronunciar oficialmente pelo menos por enquanto. A avaliação é de que Paulo Roberto Costa "apenas cita o nome de Eduardo Campos" e, dessa forma, dizem dirigentes do partido, é preciso esperar que haja provas contra o ex-governador de Pernambuco, morto em um acidente aéreo no dia 13 de agosto.O comando do PSB, porém, já se mobiliza para fazer o levantamento da documentação da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A obra era responsabilidade de Costa e o TCU (Tribunal de Contas da União) apontou indícios de superfaturamento em sua execução.
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