O candidato à prefeitura de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) afirmou, durante o Papo Universitário, na noite desta quarta-feira (10), que "não quer nem irá procurar apoio de caciques" para o segundo turno. Fruet fez a declaração depois de seu adversário, Ratinho Junior (PSC), ganhar nesta semana o apoio do PMDB do senador e ex-governador Roberto Requião e de parte do PSDB, do governador Beto Richa. Richa optou pela neutralidade, mas boa parte de sua base está declarando apoio a Ratinho Junior.
A candidatura de Fruet é sustentada por uma coligação com o PT dos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações), partido que nunca governou o estado, mas pretende lançar a ministra ao cargo em 2014.
"A política no Paraná sempre foi muito reacionária. [Há] caciques na política do Paraná. Eu não pedi apoio desses caciques e não quero apoio desses caciques nesta eleição", disse Fruet.
Movimento natural
Ratinho Junior afirmou nesta quinta-feira (11), em entrevista à imprensa, que o movimento dos aliados de Richa em direção à sua candidatura é "natural", já que o "projeto do Gustavo [Fruet] é o projeto do PT".
"O projeto do PT, possivelmente, não é o do Beto [Richa]. O Beto vê em mim uma pessoa em que ele vai ter trânsito, vai poder conversar", disse Ratinho.No debate da "Gazeta do Povo", ele também rebateu o questionamento de um ouvinte sobre o fato de ter procurado Richa e Requião para fazer uma aliança para o segundo turno.
"No segundo turno, você busca apoio, mas em momento algum vou colocar na mesa a prefeitura em negociação para 2014", disse o candidato do PSC.
Ratinho também defendeu que representa uma nova liderança, e não "velhas oligarquias". "Há uma cultura na política de as grandes oligarquias não incentivarem o nascimento de novas lideranças. Eu fui um pouco contra isso. Eu não tenho apadrinhamento político", afirmou.
Além do PMDB, o PP, que é da base do governo Richa e da atual gestão da prefeitura, também anunciou apoio à candidatura de Ratinho Junior hoje.Fruet, por sua vez, ganhou o apoio nesta semana do diretório municipal do DEM, por "afinidade política" - à revelia do diretório estadual, que é aliado ao governo Richa.
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