Minoria bastante diminuta na atual legislatura, a bancada de oposição deve minguar ainda mais na Assembleia Legislativa do Paraná para o período 2015-2018. A projeção é resultado do mau desempenho do PT, que vai cair de sete para três cadeiras na Casa. Num Legislativo historicamente governista, o único não-petista que deve aderir formalmente à oposição é Requião Filho (PMDB), filho do senador Roberto Requião.
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Nas eleições de 2010, os partidos que disputaram a majoritária contra Beto Richa (PSDB) elegeram 27 dos 54 deputados exatamente metade da Casa. Ao longo do mandato do tucano, porém, somente os sete parlamentares do PT se assumiram como bancada de oposição. Deputados de PMDB, PDT, PSC e PV quase sempre atuaram em favor do Executivo. Esporadicamente, o peemedebista Anibelli Neto, que foi reeleito, atuou em conjunto com os oposicionistas, mas não participava das decisões formais em torno das estratégias da oposição.
O cenário deve se repetir nos próximos quatro anos. Apesar de os partidos aliados a Requião e a Gleisi Hoffmann no pleito deste ano terem conseguido eleger 18 deputados, poucos parlamentares além dos petistas devem se aventurar a fazer oposição a Richa. "Há uma tendência natural em estar com o governo. É muito difícil fazer oposição, principalmente contra um governador eleito no primeiro turno, como aconteceu", afirma o tucano Ademar Traiano, líder do governo no Legislativo estadual e opositor de Requião entre 2003 e 2010.
Situação difícil
Líder da bancada do PT, Tadeu Veneri reconhece que a missão de fazer oposição a Richa no próximo mandato não será fácil. Ele destaca no entanto que, somando 3 ou 18 deputados, os oposicionistas dificilmente conseguirão vencer o governo na votação de algum projeto, porque sempre serão minoria. "O que faz com que se ganhe aqui dentro é a presença da população, que precisa acompanhar as votações", afirma.
Independentemente disso, ele diz que seguirá fazendo discursos da tribuna, pedidos de informação em plenário e via Lei de Acesso e cobranças em torno das promessas de campanha de Richa as atuais e as de 2010. "Não farei um mandato medíocre, não tenho vocação para o conformismo", ressalta Veneri.
O que mais preocupa o petista, na verdade, é que a oposição não consiga ter um representante na Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa, que é composta de acordo com o tamanho das bancadas.
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