Municípios onde cada um dos candidatos à Presidência foi campeão de votos no 1.º turno têm características parecidas, mas opções bem diferentes. A apenas 177 quilômetros uma da outra, as cidades de Matelândia, no Oeste, e Pinhal de São Bento, no Sudoeste, são os municípios paranaenses mais distantes entre si quando o assunto é a preferência por Dilma Rousseff (PT) ou Aécio Neves (PSDB). Em Matelândia, Aécio venceu disparado o primeiro turno, com 6.799 votos, correspondentes a 70,2% do eleitorado. Já Pinhal de São Bento foi a cidade mais "dilmista". A candidata conquistou no município 1.329 votos ou 73,3% do total. Com população estimada em 2.700 habitantes, Pinhal tem um PIB per capita de R$ 10,5 mil (em 2011, segundo o Ipardes). A população é predominantemente rural (55,6%) e a economia, centrada na agricultura. O município possui uma das menores taxas de desemprego do estado, 1,73%. Em Matelândia, que tem 17.200 moradores e atividades também voltadas ao agronegócio, o desemprego atinge 3,75% da população, mas a renda per capita é maior: R$ 16,6 mil. "Temos ofertado muito em impostos e recebido em troca muito pouco", diz o prefeito, Rineu Menoncin (PP), conhecido na região como Teixeirinha, para explicar a opção dos eleitores por Aécio. No Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o município do Oeste leva vantagem. O IDH é 0,725 (alto), ante 0,695 (médio) de Pinhal quanto mais próximo de 1, melhores as condições da população. O curioso é que, em Pinhal, o prefeito, Argeu Geittenes, é do PSDB. Em Pinhal de São Bento são 189 famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, e em Matelândia, 598. Se consideramos famílias de quatro pessoas, 14% da população de Matelândia recebe o benefício, contra 28% de Pinhal. A reportagem da Gazeta do Povo visitou as duas cidades para entender a opção dos eleitores pelos candidatos.
Insatisfação faz Aécio ter maioria em Matelândia
Ações sociais do PT atraem votos em Pinhal
CCJ deve passar para as mãos do Centrão e pautas conservadoras podem ficar travadas
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Conjuntura internacional pode concretizar acordo entre Europa e Mercosul, mas Lula quer o crédito
Podcast analisa o primeiro ano de Javier Milei como presidente da Argentina
Deixe sua opinião