Presidente usou discurso na ONU para fazer campanha, diz tucano
O presidenciável Aécio Neves (PSDB) se disse "estarrecido" com a participação da presidente Dilma Rousseff na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Para o tucano, Dilma "utilizou um espaço do Estado brasileiro para fazer campanha política". "A história se lembrará daquele momento do discurso da presidente à ONU em que ela esqueceu onde estava, para quem falava, para fazer propaganda para o horário eleitoral. Um dia triste para o Brasil", disse o tucano, ontem, em Porto Alegre. Aécio também mencionou a citação que Dilma fez no discurso ao atual conflito entre os EUA e a facção radical Estado Islâmico. Na ocasião, a presidente afirmou que o "uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos". "A presidente propõe diálogo com um grupo [EI] que está decapitando pessoas. Infelizmente, também em relação à política externa a presidente deixa péssimos exemplos para o seu sucessor", afirmou o tucano.
Folhapress
O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) esteve em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no final da tarde de ontem, para cumprir agenda de campanha. Na ocasião, o tucano afirmou que está esperançoso de participar do segundo turno das eleições. Isto porque, de acordo com ele, uma "onda de razão" estaria invadindo o país. Na cidade, Aécio concedeu coletiva de imprensa e realizou um comício que reuniu cerca de 500 pessoas no Expotrade, entre candidatos, cabos eleitorais e populares.
"Nossa candidatura é a única que tem registrado crescimento permanente. Temos percebido isso aqui na região Sul e hoje [ontem] tive várias boas notícias. Recebi ligações do governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, do prefeito de Salvador, ACM Neto, e do [candidato a senador] senador pelo Ceará Tasso Jereissati. Todos me contaram do crescimento da campanha nos estados", disse Aécio, que acredita no crescimento da sua candidatura nas próximas pesquisas.
Na entrevista, ele relacionou a adversária Dilma Rousseff(PT) à perseguição política no Paraná. "A gestão dela ficará marcada por essa perseguição", afirmou. O tucano prometeu "escancarar" as portas do Palácio do Planalto para o Paraná, caso seja eleito. Durante o dia, Aécio passou por Porto Alegre, Santa Maria e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul; e Blumenau, em Santa Catarina.
O tucano também disse possuir uma "seleção brasileira" que estaria pronta a atuar em seu governo. "Temos gente muito qualificada no PSDB, nos demais partidos e até gente sem partido. Vamos governar com os melhores", disse Aécio.
No Paraná
Esta foi a terceira e última passagem de Aécio no Paraná antes da eleição. Ele esteve em eventos em Curitiba e Cascavel, no Oeste do estado, em outras duas ocasiões, em agosto e setembro, respectivamente. Desta vez, afirmou que quer voltar ao estado se avançar na disputa eleitoral e for ao segundo turno. Aécio foi acompanhado ontem pelo governador e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB) e pelo senador Alvaro Dias (PSDB), que também disputa a reeleição.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião