Representantes do PSol e do PV protocolaram ontem na Justiça Eleitoral e no Ministério Público (MP) pedidos de investigação e punição ao candidato à Presidência Levy Fidelix (PRTB) por homofobia. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também enviou ontem representações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No debate entre os concorrentes ao Palácio do Planalto da TV Record, na noite de domingo, Fidelix, quando foi questionado por Luciana Genro (PSol) sobre sua posição sobre a legalização do casamento homoafetivo, respondeu: "Olha, minha filha, tenho 62 anos e pelo que eu vi na vida dois iguais não fazem filhos". Depois, o candidato afirmou que "aparelho excretor não reproduz". E disse que a maioria dos brasileiros, que segundo ele seria contra o casamento gay, deveria se unir contra os homossexuais: "Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria".
Como reação, Luciana Genro e o deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ) apresentaram ontem uma representação contra o candidato do PRTB no TSE pedindo que Fidelix seja punido, nos termos da legislação, por ter incitado o ódio e a violência contra a população LGBT. Já André Pomba, candidato do PV a deputado federal, protocolou uma representação contra Fidelix no MP para que seja aberto um inquérito para apurar desrespeito à dignidade humana e injúria homofóbica. O pedido foi protocolado a pedido do candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge.
Repercussão
A declaração de Fidelix também repercutiu negativamente no meio político. A Rede Sustentabilidade, partido em fase de criação e que tem como líder a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, disse que o candidato se comportou de forma "homofóbica" e "segregacionista". Aécio Neves (PSDB) também condenou as declarações de Fidelix: "Foi uma participação absolutamente sem sentido e equivocada de um candidato e sobre aquilo que nós condenamos." Já Dilma Rousseff (PT) voltou a defender a criminalização da homofobia.
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