O pastor Silas Malafaia, uma das lideranças mais influentes entre os evangélicos do País, afirmou há pouco que "Marina vai pagar pela soberba". Ele disse que a candidata do PSB à presidência esnobou a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo de São Paulo, cujo vice, Márcio França, é do partido dela, e que por isso "cometeu uma afronta à inteligência humana".
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Para o pastor, que votou no início da tarde numa escola na zona norte do Rio, Marina poderia ter chegado com folga ao segundo lugar hoje se não tivesse virado as costas para São Paulo. Presidente do Conselho de Pastores do Brasil, Malafaia deu o seu voto de presidente ao pastor Everaldo (PSC). "Somos amigos há 30 anos. Ele tem limitações ao se expressar, mas é muito bom", comentou.
Praticamente convicto de que Aécio Neves vai disputar o segundo turno com Dilma Rousseff (PT), Silas Malafaia afirmou que votaria em qualquer um dos candidatos para derrotar Dilma e seu partido. "A chance da Marina seria ela ter uma votação excepcional dos evangélicos, que representam entre 25% e 27% dos eleitores. Mas, pelo jeito, esse voto foi diluído entre os três principais candidatos", avaliou Malafaia. "Podia ser até o Levy Fidelix contra a Dilma que eu votaria nele. A alternância de poder é salutar para o processo democrático."
Pela manhã, o pastor comandou um culto para mais de seis mil pessoas na sede da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no bairro da Penha, zona norte do Rio. Depois caminhou por dez minutos até a Escola Municipal Conde de Agrolongo, onde votou. Para ele, o atual processo eleitoral tem demonstrado que "os evangélicos estão agora antenados muito mais do que em todos os processos anteriores".
Silas Malafaia chegou a estar no centro dos debates por ter criticado em uma rede social o programa do PSB com relação ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Isso motivou a candidata Marina Silva a determinar a mudança no texto. Nos últimos dias, o pastor também esteve envolvido em outra polêmica, dessa vez com a presidente Dilma Rousseff, ao dizer, também por meio de redes sociais, que ela seria simpática à ação de terroristas do Estado Islâmico.