O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), declarou à Justiça Eleitoral reunir um patrimônio de R$ 7,5 milhões. O valor ultrapassa em R$ 950 mil a soma dos bens dos outros dez candidatos à vice-presidente nas eleições de outubro. Os cofres dos 11 vices totalizam R$ 14 milhões, superando os R$ 11,5 milhões dos presidenciáveis.

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A fortuna de Temer é quatro vezes maior que a do senador Aloysio Nunes (PSDB), vice na chapa dos tucanos e que reúne R$ 1,8 milhão. A diferença para a ex-senadora Marina Silva, nome para vice do PSB, é ainda maior: 55 vezes superior aos R$ 135,4 mil declarados por ela.

Conhecido como um político de bastidor e que enfrentou rebelião de parte do PMDB para confirmar nova dobradinha nas urnas com a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente tem como bens mais valiosos um título de renda fixa de R$ 2,2 milhões, participação em uma empresa que também soma R$ 2,2 milhões e um prédio em área nobre de São Paulo de R$ 722 mil.

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Entre investimentos e imóveis, o peemedebista é quatro vezes mais rico que Dilma, que tem R$ 1,7 milhão em bens. Ele também supera os R$ 5 milhões repassados à Justiça pelo presidenciável José Maria Eymael (PSDC), que tem o maior patrimônio entre os cabeças de chapa.

As declarações dos candidatos à Justiça Eleitoral subestimam o valor de seus bens, porque eles não são obrigados a informar o valor real de mercado de seus imóveis.

Segundo mais rico entre os vices, Aloysio Nunes tem como seu principal patrimônio uma fazenda em Guzolândia, interior de São Paulo, avaliada em R$ 1,1 milhão. Seu patrimônio é inferior aos R$2,5 milhões do presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Uma casa de R$ 60 mil, em Rio Branco (AC), é o maior bem de Marina Silva, que declarou R$ 411 mil a menos que o ex-governador Eduardo Campos.

O candidato a vice com menor patrimônio é Ricardo Machado, do PCO. Bancário, ele informou um total de R$ 11 mil, sendo R$ 8 mil de um carro Santana, modelo 1996, e R$ 3 mil de uma moto Yamaha, modelo 1987.

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