Por unanimidade, a Comissão de Ética do PMDB do Paraná suspendeu os direitos partidários do ex-governador Orlando Pessuti por 60 dias. A decisão foi tomada com base no depoimento dado por ele no programa eleitoral de Beto Richa (PSDB), segunda-feira, pedindo que os eleitores não votem em Roberto Requião, candidato peemedebista ao governo do Paraná. Durante esse período, a comissão vai avaliar o caso e pode até decidir pela expulsão de Pessuti da legenda.
Ameaçados pela promessa de Requião de levar ao ar a uma "bala de prata" na última segunda-feira à noite, os tucanos lançaram mão de um vídeo em que Pessuti dizia que "eleição com Requião sempre tem armação" e que o atual senador seria capaz de tudo para vencer um pleito, inclusive mentir.
Com base no depoimento, o presidente do PMDB estadual, Rodrigo Rocha Loures, enviou uma petição à Comissão de Ética do partido solicitando a abertura de um processo disciplinar para investigar a conduta de Pessuti. "Como presidente, o meu papel é cumprir o estatuto do partido. Não podia permitir que esse depoimento ficasse no vazio."
Na reunião de ontem da Comissão de Ética peemedebista, o assessor jurídico da campanha de Requião, Luiz Fernando Delazari, foi escolhido o relator do processo contra Pessuti, que terá 15 dias para apresentar defesa.
Procurado, Pessuti afirmou que a reunião da Comissão de Ética foi convocada de forma irregular por telefone , e não por edital ou correspondência como exige a legislação. Ele disse ainda que a esfera competente para que se abra um processo contra ele é o diretório do PMDB de Curitiba. "É um ato claro de truculência, uma agressão a todos os peemedebistas", afirmou. "Não pedi voto para ninguém. Apenas pedi que não votassem no Requião", justificou.
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