O balanço final da Polícia Militar aponta 40 prisões por crimes eleitorais em todo o Paraná durante a operação de segurança montada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) para o domingo (5) de votações. Ao todo, segundo a PM, 94 termos circunstanciados foram assinados por pessoas abordadas por policiais em situação irregular.
Os policiais militares realizaram 39 orientações em locais em que foi constatada alguma irregularidade ou suspeita de irregularidade. Em 89 casos informados à corporação, os policiais não encontraram problemas nos locais repassados pelos denunciantes. A PM foi informada de 25 situações de vendas de bebidas alcoólicas, 21 de consumo de bebidas e 58 casos de boca de urna.
Segundo a PM, apesar de notificações de boca de urna ser maior que o de prisões, nem sempre ocorreram detenções porque não foram todos os casos em que os policiais confirmaram boca de urna.
Veja o resultado da apuração dos votos para governador no Paraná
Veja o resultado da apuração dos votos para presidente no Paraná
Veja o resultado da apuração dos votos de todos os candidatos a deputado estadual no Paraná
Veja o resultado da apuração dos votos de todos os candidatos a deputado federal no Paraná
A PM não especificou, até as 20h30, em quais locais cada uma das situações de prisão havia sido constatada.
Dos casos repassados até as 14 horas, em Curitiba, na CIC, testemunhas relataram à reportagem que cerca de seis pessoas foram flagradas entregando santinhos de candidatos em frente ao Colégio Estadual Domingos Zanlorenzi. De acordo com testemunhas, um policial tentou dispersar o grupo, mas foi enfrentado pelo grupo. Oficialmente, a PM informou que foi feita uma solicitação para um atendimento na CIC, mas que, ao chegar ao local, os policiais não encontraram qualquer irregularidade.
Na cidade de Florestópolis, no sábado, duas mulheres foram encaminhadas pela PM à delegacia do município após serem flagradas distribuindo panfletos de campanha eleitoral. Com elas foram encontradas 47 folhas de material de campanha de candidatos. Um Boletim de Ocorrências foi feito e as duas mulheres liberadas.
Ainda no sábado, em Curiúva, a PM prendeu um homem de 61 anos por compra de votos. O suspeito estava em um posto de combustíveis com várias requisições de abastecimento, segundo a PM. Ele foi encaminhado para a delegacia do município.
Pela manhã de domingo, às 4h30, em Campo Mourão, duas pessoas foram presas por panfletagem. As 9 horas a PM prendeu um homem suspeito de fazer boca de urna e transportar eleitores para locais de votação. Às 9h20, em São José dos Pinhais, Outro homem foi preso no Colégio Silveira da Mota por boca de urna. Ainda em São José dos Pinhais, houve outra prisão, por volta das 11h20, de um suspeito de fazer boca de urna em frente ao colégio estadual Nossa Senhora de Aparecida. Ele foi encaminhado ao fórum eleitoral do município.
Na cidade de Ivaiporã, por volta das 10h15, um homem foi flagrado ao fazer transporte de eleitores e oferecer alimentação. Às 10h30, em Fazenda Rio Grande, houve prisão de um suspeito de fazer boca de urna. Ele foi encaminhado para o fórum eleitoral da cidade.
Em Curitiba, no final da manhã de domingo, uma equipe da PM avistou um veículo que trafegava de forma suspeita. Ao perceber a presenta da viatura da PM, o motorista saiu do carro, tentou fugir, mas foi abordado. No carro, havia panfletos de campanha eleitoral. O suspeito, de 51 anos, tentou resistir à prisão, mas foi detido.
Denúncias
A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) montou um Comitê Integrado, formado pela Polícia Militar, Polícia Federal, Científica e Corpo de Bombeiros para monitorar o pleito eleitoral em todo o estado, e reúne informações de todos os municípios. Também há câmeras monitorando a sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Até agora, o comitê já recebeu oito denúncias por crime de boca de urna em Curitiba e região.
Clima e super-ricos: vitória de Trump seria revés para pautas internacionais de Lula
Nos EUA, parlamentares de direita tentam estreitar laços com Trump
Governo Lula acompanha com atenção a eleição nos EUA; ouça o podcast
Pressionado a cortar gastos, Lula se vê entre desagradar aliados e acalmar mercado