Rui Falcão: regulação não é censura| Foto: Fernando Zamora/Futura Press/Folhapress

Apenas um dia após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou ontem defender que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja candidato em 2018. Apesar disso, ele afirmou que o movimento de articulação para que Lula concorra novamente ao Planalto ainda não começou porque a eleição de 2014 acabou de ser concluída. "Isso ainda não existe porque a presidente acabou de ser eleita. Mas eu pessoalmente defendo essa alternativa", destacou. Falcão também afirmou que o novo governo de Dilma terá como prioridades a reforma política e a "regulação do sistema democrático da mídia". "Vamos continuar insistindo para a regulação da mídia; é uma das mais importantes ao lado da reforma política", disse.

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Ele afirmou que a proposta para democratização da mídia se dirige a veículos de radiodifusão e não inclui jornais e revistas e reforçou que não tem a intenção de censurar veículos. "Sobre a democratização dos meios de comunicação, que não afeta a mídia impressa, a Constituição prevê em seu artigo 220 a mais ampla liberdade de expressão do pensamento. Agora, o mesmo item que trata da comunicação social proíbe a existência de oligopólios e monopólios na comunicação", disse. "Vamos continuar insistindo para regulamentar a Constituição."

Falcão citou a Inglaterra para justificar a existência de agências reguladoras e defendeu a reforma da mídia. "Considero a mais importante depois da reforma política. Espero que nosso governo junto com o Congresso possa avançar nessa direção, assim como a maioria dos países democráticos têm agências reguladoras, como a Inglaterra."

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O presidente do PT afirmou ainda que o projeto apresentado pelo ex-ministro Franklin Martins pode ser "um bom ponto de partida" para que o processo de reforma da mídia seja discutido. Falcão disse que a dificuldade de fazer mudanças na mídia por meio do Legislativo se deve ao fato de muitos parlamentares terem concessões de rádio e TV. "Um dos pontos é não permitir que aqueles que concedem possam conceder para si mesmos", disse, ressaltando que, para isso, será preciso criar um mandato de transição.