A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) defendeu nesta sexta-feira (12) as alianças com os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). Segundo Dilma, não é papel de um presidente da República cassar e tirar direitos políticos das pessoas. Durante sabatina promovida pelo jornal O Globo, a petista também garantiu não temer "de nenhuma forma" a delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, com quem alegou haver falta de "afinidade", motivo que teria provocado a sua demissão da empresa.
"Acho extremamente enviesada essa pergunta", rebateu Dilma, ao ser questionada se sentia orgulho de ter como aliados Sarney, Collor e o deputado Paulo Maluf (PP-SP). "As pessoas podem fazer alianças e cada um manter a sua posição." Para Dilma, não é possível querer que o presidente da República "casse, tire direitos políticos, afaste pessoas".
A candidata do PSB, Marina Silva, tem criticado Dilma pelas suas alianças e chegou a dizer que "se vencer as eleições, ela terá de agradecer a Sarney, Renan e Collor". A principal defesa de Dilma foi em relação ao ex-presidente José Sarney. "Respeito bastante o ex-presidente Sarney, acho que deu uma contribuição para o País", afirmou a petista.
Em relação aos demais, Dilma preferiu ser mais comedida: "A Justiça inocentou o Collor, não sou uma instância de condenação do Collor. O Collor não é uma pessoa absolutamente próxima do governo, o Collor tem a sua posição em Alagoas e respeito a posição dele". E procurou manter distância ainda maior de Maluf. "Não tenho nenhuma grande proximidade com o deputado Maluf. Enquanto ele estiver no exercício da sua atividade, ele está no exercício da atividade dele", desconversou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.