O vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, enviou pedido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que a revista Veja seja multada em R$ 500 mil por hora caso não veicule nos termos definidos pela Justiça o direito de resposta concedido à coligação de Dilma Rousseff (PT).
De acordo com o procurador, a revista, em seu sítio eletrônico, não deu o devido destaque ao direito de resposta, que deveria ser publicado no "no mesmo lugar e tamanho em que exibida a capa do período".
"A medida adotada pela representada ["Veja"] traduz inequívoco descumprimento de decisão judicial, temperada de ingrediente de escárnio e menosprezo à autoridade da decisão emanada deste Tribunal Superior Eleitoral."
Além disso, ele criticou um outro texto, cujo link se encontra na página com o direito de resposta. Intitulado "resposta do direito", o texto critica a decisão da Justiça Eleitoral e diz que o ministro do TSE que concedeu o direito à coligação já foi advogado da campanha de Dilma nas eleições passadas e indicado por ela à Justiça Eleitoral.
Admar Gonzaga, que proferiu a decisão no sábado (25), foi advogado da presidente durante a campanha de 2010.
No documento, Aragão pede que o TSE notifique a revista sobre o suposto descumprimento dos critérios fixados para o direito de resposta e retire do ar a "resposta do direito" sob pena de R$ 500 mil por hora.
Procurada , a Veja não se manifestou. Na tarde deste domingo, porém, o site da revista mudou a localização, em sua página, da resposta do PT. Do meio da homepage, o texto foi transferido para o topo, no lado direito. Abaixo dele, aparece a capa da revista, com link para a respectiva reportagem.
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