PSB prepara carta de compromissos para ser assinada por Marina

O PSB vai elaborar uma carta interna com os compromissos eleitorais do partido para ser assinada por Marina Silva antes que a ex-senadora seja nomeada candidata à Presidência da República, na quarta-feira (20). Leia matéria completa.

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O PSB (Partido Socialista Brasileiro) confirmou, no início da noite deste sábado(16), o nome de Marina Silva como candidata à Presidência da República no lugar de Eduardo Campos, morto na última quarta-feira (13) durante a queda do avião em que ele estava. Marina era vice na chapa.

A confirmação foi feita por dirigentes do PSB ao deixarem a casa de Campos neste sábado. Segundo o novo presidente da sigla, Roberto Amaral, todos os consultados pela direção do partido endossam a candidatura de Marina, mas a definição da chapa só será anunciada na próxima quarta-feira (20), após a reunião da Executiva do partido."A Marina vai honrar o legado de Eduardo. A Marina não é mulher de fugir da luta. Tenho certeza que ela será nossa timoneira", disse o líder da bancada na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS).

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Mesmo antes do anúncio, Marina Silva já era a principal cotada para assumir a candidatura. Segundo reportagem publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo, Amaral afirmou que a candidatura de Marina "será uma solução de continuidade". "A candidatura de Marina contempla o nosso projeto", disse. Bazileu Margarido, coordenador da Rede Sustentabilidade, confirmou ao jornal que Marina aceita liderar a chapa.

Amaral era visto como o último entrave ao anúncio da candidatura. Ele havia se pronunciado anteriormente defendendo que o partido apoiasse a reeleição de Dilma Rousseff (PT).

Agora, o partido deve decidir quem será o vice. O mais cotado é o deputado gaúcho Beto Albuquerque. Contudo, ele mesmo afirmou neste sábado que a viúva de Campos, Renata Campos, poderia ser a vice da chapa de Marina, mas que nessa tarde não tocaram nesse assunto com ela.

Ainda de acordo com a Folha, também não foram descartados os nomes do deputado mineiro Júlio Delgado, ex-deputado pernambucano Maurício Rands e Fernando Bezerra Coelho, ex-ministro de Integração no governo Dilma.

Possibilidades

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Na sexta-feira, Marina havia dado aval ao PSB para que o partido inicie consulta aos principais líderes da legenda sobre a possibilidade de que ela assuma à candidatura à Presidência. Ela disse que não se opunha, mas que esperava o retorno dos dirigentes.

A divergência interna dentro do partido para aprovar o nome de Marina se devia, entre outros pontos, por ela ser recém-filiada ao PSB e por possivelmente deixa-lo assim que formalizar seu próprio partido, o Rede Sustentabilidade.

Marina já recebeu apoio da família de Campos. Renata Campos a incentivou a entrar de vez na disputa.

Candidata à Presidência em 2010, quando ficou em terceiro lugar, Marina tentou criar a Rede Sustentabilidade para disputar novamente o Planalto em outubro, mas não conseguiu fazer isso a tempo. Ela então se aliou a Campos em outubro de 2013 e se filiou ao PSB. Neste ano, foi escolhida como a vice na chapa ao Planalto.

Providência Divina

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Marina Silva afirmou neste sábado que não embarcou na aeronave que caiu em Santos na última quarta-feira por "providência divina". "Foi providência divina, eu, Renata, Miguel e (Rodrigo) Molina, não estarmos naquele avião", disse Marina em referência aos familiares que costumavam viajar com o presidenciável. A ex-ministra desembarcou na tarde deste sábado (16) no Recife para acompanhar o enterro de Campos.