Com pouco mais de 780 mil votos no primeiro turno, o presidenciável derrotado Pastor Everaldo declarou nesta quarta-feira, 8, que seu partido, o PSC, vai apoiar no segundo turno o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves. O anúncio foi feito no início da tarde na Câmara dos Deputados, numa reunião com lideranças da sigla.
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Everaldo afirmou que Aécio é "a melhor opção" para o Brasil. Ele disse que o tucano representa o caminho para modernizar e retomar a credibilidade do País no exterior e para "cuidar dos pobres e mais necessitados". Afirmou ainda que o tema corrupção foi "um dos principais e mais relevantes" motivos que levaram o PSC para Aécio. "Nunca houve na história deste País tanta corrupção", comentou.
Everaldo disse também que seu partido não vai pedir a inclusão de temas defendidos pelo PSC na plataforma do PSDB. "O programa do senador Aécio se aproxima do nosso." O PSC fazia parte da base de apoio da presidente Dilma Rousseff, mas decidiu lançar um candidato à Presidência para tentar mobilizar uma parcela do eleitorado evangélico.
A substituição do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 13 de agosto, por Marina Silva na cabeça de chapa do PSB, no entanto, fez com que o PSC tivesse um resultado abaixo do que indicavam as pesquisas à época, uma vez que a ex-ministra atraiu para si uma parcela expressiva dos evangélicos.
Ao final, Everaldo terminou o primeiro turno com 0,75% dos votos válidos. Questionado, ele negou que sua candidatura tenha sido malsucedida. "Campanha foi tão bem-sucedida que estamos aqui neste momento para ajudar a contribuir para a melhora do País", rebateu.
No último debate antes do pleito, na TV Globo, Everaldo já sinalizava sintonia com o candidato do PSDB ao promover uma "dobradinha" com Aécio. Sempre que teve a chance, ele procurou o tucano com perguntas amigáveis e que tinham como alvo a presidente Dilma.
Embora tenha eleito o terceiro deputado federal mais votado de São Paulo, Pastor Marco Feliciano, com quase 400 mil votos, o PSC viu sua bancada diminuir em relação à eleição de 2010. Naquele ano, o partido vez 17 parlamentares na Câmara, contra 12 nesta eleição.
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