A Coligação Todos por Minas, do qual fazem parte as candidaturas tucanas de Pimenta da Veiga e Antonio Anastasia, informou, por meio de nota, que entrou com uma ação na Justiça Eleitoral contra as candidaturas de Fernando Pimentel (PT) e Antonio Andrade (PMDB) ao governo e vice. Segundo explica a assessoria jurídica da coligação no comunicado, em um período de aproximadamente três meses, Pimentel e Antônio Andrade teriam participado "ativamente" como protagonistas de oito eventos oficiais, realizados em sete polos regionais de Minas Gerais, envolvendo distribuição de bens e serviços custeados com recursos públicos federais.
"A ação denuncia com fotos, vídeos e reportagens de importantes veículos de imprensa do País a participação dos pré-candidatos nos eventos em várias cidades mineiras. Também os sites do PT e do então pré-candidato ao governo de Minas, assim como publicações oficiais do governo federal, divulgaram fotos e declarações com cunho eleitoral de Pimentel e da presidente Dilma", afirmou, dizendo que os fatos se deram durante entregas do Programa de Doação de Máquinas para Recuperação de Estradas Vicinais (PAC 2), Programa Minha Casa, Minha Vida (PAC 2) e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
A coligação solicitou na ação a cassação do registro das candidaturas ou dos diplomas de Pimentel e Andrade e também aplicação de multa a cada um. Além da inelegibilidade de ambos, por oito anos, por abuso de poder político.
A iniciativa segue a linha mais dura da campanha de Pimenta, após pedido de correligionários do PSDB mineiro mais ligados à Aécio Neves. Andrea Neves, irmã do senador e encarregada da comunicação da campanha nacional, foi convocada para dedicar mais atenção à disputa local.
Procurado pela reportagem, o diretório mineiro do PT, disse, em nota, que aguarda a notificação para ter acesso ao conteúdo da representação e, então, apresentar a defesa. "O PSDB de Minas Gerais tem dado seguidas demonstrações do seu pouco apreço pela disputa democrática. Há duas semanas, seu presidente disse que baixaria o nível da campanha. Desde então, qualquer vestígio de proposta para o futuro das mineiras e dos mineiros deu lugar a ataques pessoais, baseados unicamente em factoides", diz o comunicado do PT-MG, assinado pelo seu presidente, Odair Cunha. Ele ainda reiterou que o partido manterá uma campanha propositiva, "em que os interesses dos mineiros prevalecerão sobre as vontades de um pequeno grupo".