O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, reiterou neste domingo, 3, que seu partido irá entrar com representação no Conselho de Ética do Senado Federal para apurar as denúncias publicadas pela revista Veja de que o governo e lideranças do PT teriam passado previamente para os principais depoentes da CPI da Petrobras, dentre eles a presidente Graça Foster e outros ex-diretores da estatal, perguntas que seriam feitas por parlamentares, com o intuito de combinar as respostas.

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Depois de visitar o Mercado Municipal de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, Aécio disse que o PSDB estuda também entrar com representação na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que avalia a conduta ética na administração pública, para dar a oportunidade de os citados na denúncia esclarecerem o que realmente aconteceu. "Temos que tirar as nossas principais empresas, no caso da Petrobras, da Eletrobras, das garras de um grupo político que delas se apoderou para manter-se no poder a qualquer custo", defendeu,

Para o senador, a denúncia é extremamente grave. "Brincam com a inteligência dos brasileiros. Se confirmadas estas denúncias, nós estamos diante de uma grande farsa. Uma farsa que, na verdade, avilta o Congresso Nacional em uma das suas funções fundamentais, que é a de fiscalizar e investigar ações do governo, mas também atenta contra a dignidade da sociedade brasileira porque faz com que todos participassem sem saber de uma grande encenação."

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Serra

O candidato ao Senado pelo PSDB, José Serra, que acompanhou Aécio na visita à cidade de São José dos Campos, também considerou grave a denúncia sobre a CPI da Petrobras. "É um outro escândalo, um atrás do outro. Agora caberia a CPI da CPI, mas com a eleição (em curso) não vai dar tempo. Então, espero que o nosso próprio povo, sabendo o que aconteceu, faça a sua CPI nas urnas, em outubro", disse Serra, destacando que o episódio é uma "imoralidade porque se faz uma CPI e, junto, faz-se um combinado com senadores que têm mandato popular e deveriam representar o povo, com os que serão interrogados". "Realmente é um jogo muito pouco decente para dizer o mínimo."