Ratinho não revela seu próximo passo

Deputado estadual mais votado no estado, Ratinho Júnior (PSC) é prudente ao falar sobre seu futuro político. O parlamentar do PSC não esconde de ninguém o desejo de governar o Paraná a partir de 2018. Em eventos de campanha, ele foi bastante claro ao falar para eleitores que pedia votos para deputado, mas que daqui a quatro anos pediria votos para governador.

Veja o resultado da apuração dos votos de todos os candidatos a deputado estadual no Paraná

Veja o resultado da apuração dos votos de todos os candidatos a deputado federal no Paraná

Eleito com 300 mil votos, Ratinho chegou a tirar o pé do acelerador durante a campanha, ao projetar quantos e quais aliados queria levar para a Assembleia. "Um exemplo é Campo Largo. Sempre fui bem votado lá, mas nessa eleição acabei nem fazendo campanha por lá para beneficiar o Alexandre Guimarães (filho do atual prefeito do município, Affonso Guimarães)", diz. A conta deu certo. Alexandre, também do PSC, fez 16 mil votos no município (24 mil no total) e foi eleito.

Para chegar em 2018 cacifado para disputar o Palácio Iguaçu, Ratinho precisa fazer outras escolhas. A primeira delas é sobre como ele vai se manter na vitrine da política paranaense. Para tanto, há duas possibilidades concretas: beneficiar-se da bancada de 12 deputados eleitos em sua chapa e assumir um cargo de destaque na Mesa Diretora da Assembleia, como a presidência; ou voltar ao secretariado de Beto Richa (PSDB) e retomar contato com prefeitos e vereadores.

Ratinho diz ser cedo para fazer qualquer avaliação, mas admite que o PSC terá um papel de "protagonismo" no Legislativo. "Elegemos lideranças regionais capacitadas e fortes. Vamos ser protagonistas."

Por outro lado, ele diz que aprendeu muito como titular na Secretaria de De­­senvolvimento Urbano (Sedu) e afirma ter um "perfil mais ligado ao Executivo". "Facilitamos o acesso de prefeitos aos recursos e obras. Reduzimos a burocracia. Implantamos uma série de projetos. Foi uma experiência muito positiva", declara ele, que elogia o trabalho ao lado do governador. "É uma pessoa muito fácil de lidar. Delega responsabilidade e dá tranquilidade para trabalhar, mas também cobra."