Em sabatina promovida pelo Rotaract (ala jovem do Rotary) na noite de ontem, na PUCPR, em Curitiba, o senador Roberto Requião (PMDB) atacou a todo o momento o governador Beto Richa (PSDB). O peemedebista comparou as gestões dele ao mandato do atual chefe do Executivo estadual e disse que o tucano não tem nenhum programa de governo para mostrar. O discurso de Requião serviu como uma espécie de troco a Richa, que um dia antes, na mesma sabatina, havia feito pesadas críticas ao senador.
Questionado sobre o pedágio, o senador disse, de forma surpreendente, que vai admitir as cobranças, mas desde que as tarifas cobradas tenham um preço justo. "Não posso ser um black bloc e ir lá quebrar as praças", defendeu-se. Requião disse ainda que fez o que pôde em relação ao assunto ao entrar com ações na Justiça, que, infelizmente, não andaram devido à lentidão do Judiciário. "Mais cedo ou mais tarde, elas seriam julgadas e resolveriam o problema. Mas, para minha surpresa, o atual governador desistiu [das ações]."
Ataques
Desde o início do evento, Requião centrou fogo contra Richa em nenhum momento, ele mencionou a candidata do PT, Gleisi Hoffmann. O peemedebista afirmou, por exemplo, que, quando governou o Paraná, as despesas da administração eram menores que a arrecadação. Na atual gestão, porém, a arrecadação teria aumentado duas vezes mais em relação ao crescimento da produção. "O estado está garfando a iniciativa privada, porque aumenta a arrecadação, mas as empresas têm dificuldade de sobrevivência", declarou. Na sequência, citou vários números para destacar que a geração de empregos do governo dele era muito maior que os números atuais.
Dizendo que Richa se veste como governador, mas não age como governador, Requião afirmou que o programa Paraná Competitivo, sempre destacado pelo tucano, é da gestão do PMDB e foi piorado. "Meu governo tinha 300 programas. O atual governador não apresentou nenhum. Desafio a plateia a citar um programa da atual gestão", atacou Requião, chamando Richa de "garoto bronzeado".
Sobre a eleição presidencial, Requião disse que não foi procurado por ninguém do PT para apoiar a presidente Dilma Rousseff. "Mas, apesar de encontrar enormes defeitos na política econômica da Dilma, por exclusão, o meu voto é dela, porque sou a favor do Brasil."
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