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A coligação Paraná com Governo (PMDB, PV, PPL), que tem o senador Roberto Requião (PMDB) como candidato a governador, promete entrar com duas ações contra a candidatura de Beto Richa (PSDB) na Justiça Eleitoral. Segundo Luiz Fernando Delazari, da assessoria jurídica da campanha de Requião, um laudo técnico demonstrou que canais de vídeos no site Youtube com ataques a Requião foram criados a partir de computadores do governo estadual. "Comunicamos à Justiça Eleitoral, que enviou ofícios questionando a Celepar e a Copel", diz Delazari.

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Em resposta à intimação, a Celepar informou que, em pelo menos uma data, 22 de setembro de 2011, computadores do Palácio das Araucárias foram utilizados para postar vídeos com ataques a Requião. "O servidor mencionado gerenciava redes de computadores utilizadas por órgãos do governo do estado instalados no prédio do Palácio das Araucárias", diz trecho da resposta da Celepar.

O órgão diz ainda não ser possível identificar o funcionário que teria postado os vídeos. A Copel ainda não teria respondido a intimação da Justiça Eleitoral.

Segundo Delazari, houve abuso de poder político e utilização da estrutura do estado para atacar o senador. "Com base nessa resposta vamos entrar com duas ações. Uma representação por propaganda irregular e uma ação de investigação eleitoral (Aije) por abuso de poder político. Vamos pedir a cassação da candidatura de Richa."

Questionada pela Gazeta do Povo, a assessoria do governador Beto Richa garantiu que a gestão "desconhece qualquer ação na Justiça sobre o tema, mas tem absoluta confiança de que não houve qualquer ato irregular". O governo ressaltou que seus funcionários já estavam proibidos, por um decreto de dezembro de 2013, de acessar redes sociais usando equipamentos do estado. A mesma lei vetou que funcionários se manifestassem politicamente na internet durante horário de serviço. Já a campanha de Richa à reeleição limitou-se a afirmar que ainda não havia tomado "conhecimento oficial" sobre a ação.

Em setembro deste ano, o governo federal exonerou um servidor do Ministério do Planejamento que usou com­putador do Palácio do Planalto para criticar, mudando biografias na Wi­kipedia, os jornalistas Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg.

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