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Requião participou ontem de um evento da campanha de Rafael Greca a deputado federal | Cesar Machado/ Gazeta do Povo
Requião participou ontem de um evento da campanha de Rafael Greca a deputado federal| Foto: Cesar Machado/ Gazeta do Povo

O senador Roberto Requião (PMDB) está tentando dissolver a Comissão Executiva estadual do partido – composta por maioria que era contrária à sua candidatura ao governo do Paraná e que estava ligada a Beto Richa (PSDB). Requião encabeça a convocação de uma reunião dos membros do diretório estadual, do qual é membro, para a próxima sexta-feira. No encontro, o diretório deve deliberar se a Executiva infringiu o estatuto ao permitir que parlamentares da sigla participem de eventos de campanha de partidos adversários. Ao mesmo tempo, o senador também entrou com pedido de dissolução da Executiva no diretório nacional do PMDB.

Pelo estatuto peemedebista, a dissolução é prevista se houver comprovação de irregularidade e se a decisão for tomada por maioria do diretório hierarquicamente superior. No entendimento do grupo de Requião, o diretório estadual poderia tomar a decisão porque estaria acima da Executiva. Já para o grupo do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB), presidente da Executiva estadual, apenas o comando nacional pode tomar essa decisão. Até agora, Requião teria conseguido 40 assinaturas de 71 membros do diretório.

De acordo com Serraglio, a convocação da reunião é irregular. Ele passou a tarde de ontem na Assembleia Legislativa costurando apoios contra a medida de Requião. E diz que hoje o PMDB está rachado no Paraná porque há uma "ala de xiitas" no partido, dando a entender que seria o grupo do senador. "Se eles chegarem ao limite de me destituir, aí vão ver o meu outro lado", declarou.

"Eu não comento Osmar Serraglio", rebateu Requião. Questionado se espera que a reunião de sexta vá ocorrer, o senador disse: "Espere para ver!". "[Eles achavam que eu não ganharia a convenção], agora acham que eu não vou ganhar a eleição também".

Nos bastidores, comenta-se que a sigla teria sugerido que os membros da Executiva contrários a Requião deveriam se licenciar das funções durante as eleições. Serraglio afirma que essa hipótese está fora de cogitação.

Serraglio também reclama que o grupo ligado a Requião estaria "querendo tomar conta" do horário eleitoral. Por causa das divergências, segundo ele, nenhum programa foi gravado até agora. O parlamentar deu a entender que Requião estaria pressionando para que os candidatos aparecessem no vídeo com imagem atrelada à dele. O grupo do senador nega a informação.

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