2 textos que faziam referência ao governador Beto Richa nos sites da Copel e da Sanepar tiveram de ser retirados do ar por ordem da Justiça Eleitoral.
O governador Beto Richa (PSDB) disse ontem, em Londrina, que não descarta a possibilidade de pedir licença do cargo para se dedicar exclusivamente à campanha eleitoral nos próximos meses. Por enquanto, contudo, ele disse que continua à frente do governo e que deve se dedicar à campanha à noite e nos sábados e domingos. "Vou conciliar os compromissos prioritários do governo com a campanha, que será realizada à noite ou durante os finais de semana", afirmou. Caso se licencie, quem assume o cargo é o vice-governador Flávio Arns.
Richa também comentou a multa de R$ 5 mil, por propaganda eleitoral antecipada, a que foi condenado pela Justiça Eleitoral. A campanha eleitoral começou oficialmente em 6 de julho, quando os concorrentes foram liberados a expor material de divulgação. Mas, durante a convenção estadual do PSDB, em 29 de junho, havia um cartaz com a imagem e número eleitoral de Richa, em frente à sede do Paraná Clube, local do evento, em Curitiba. A Justiça entendeu que houve publicidade antecipada. Segundo Richa, a exposição do material não foi intencional. "Eu não sabia sobre a existência daquele cartaz", disse.
O governador afirmou ainda que a corrida eleitoral deste ano deve ser tensa em virtude da candidatura do senador Roberto Requião (PMDB) ao Palácio Iguaçu. Mas o tucano antecipou que não quer se envolver em polêmicas com o ex-governador.
TRE manda Copel e Sanepar tirar de sites material com referência a Beto
Angieli Maros
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) determinou ontem a retirada de materiais informativos dos sites da Copel e da Sanepar que faziam referência ao governador Beto Richa (PSDB), que é candidato à reeleição. A Justiça Eleitoral entendeu que informações de duas reportagens divulgadas nos sites extrapolaram o limite de notícias institucionais e caracterizavam propaganda eleitoral irregular. A decisão do TRE acatou pedido feito pela coligação da candidata ao governo pelo PT, Gleisi Hoffmann. A Copel e a Sanepar tinham de retirar o conteúdo até hoje. Na tarde de ontem, porém, as duas matérias já haviam sido apagadas.
A legislação eleitoral estabelece que, no período de campanha, estão proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, condutas que possam afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos . Além disso, nos três meses que antecedem as eleições também não se pode autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o advogado da campanha do governador, Cristiano Hotz, disse que ainda não havia sido citado oficialmente sobre a decisão. Mas ele disse que não houve uso da máquina pública, como acusado pela coligação adversária. Ele acrescentou ainda que, junto com as duas ações que foram acatadas parcialmente pela Justiça Eleitoral, a campanha de Gleisi também havia pedido, em outras três representações, que fossem retirados conteúdos dos sites do governo, das secretarias de Agricultura, Trabalho, Segurança e de Atendimento ao Cidadão, da Celepar e do Detran. Segundo ele, esses pedidos foram indeferidos pela Justiça Eleitoral.
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