O governador reeleito Beto Richa (PSDB) disse, nesta segunda-feira (6), que pode se licenciar do governo para fazer campanha para o candidato Aécio Neves (PSDB), que concorre à Presidência da República contra Dilma Rousseff (PT). A entrevista foi concedida ao telejornal ParanáTV 1ª Edição. "Estou entrando de cabeça na campanha de Aécio", declarou, acrescentando que sua vitória só será completa se o candidato for eleito no segundo turno.
Veja o resultado da apuração dos votos para governador no Paraná
Veja o resultado da apuração dos votos para governador na cidade de Curitiba
O governador reiterou as declarações que deu ontem à imprensa, dizendo que planeja "um grande salto na área social" para seu segundo mandato, o que também abrange investimentos em áreas como saúde e geração de empregos. Segundo ele, "nenhum governo se justifica", se não trabalhar pela melhoria na vida das pessoas.
Apesar de não estabelecer prazos para o cumprimento das promessas de campanha, Richa voltou a se comprometer com algumas questões, como a instalação de 11 centros regionais de especialidades no estado. O dinheiro para este e outros projetos não será problema, segundo ele, porque as dívidas do estado foram reduzidas. "Amortizamos R$ 4,1 bilhões", disse.
Família Brasileira x Bolsa Família
Ao falar do foco social de seu segundo mandato, Richa afirmou que um de seus objetivos será fazer com que o programa Família Paranaense alcance outras 250 mil pessoas. O candidato aproveitou a oportunidade para dizer que, se for eleito, Aécio Neves deve instituir programa semelhante no âmbito federal, o Família Brasileira.
Ao explicar o programa, o governador quis afastar a proposta do Bolsa Família, criado durante o governo Lula e bastante criticado por parte dos eleitores de seu partido, dizendo que o seu programa exige contrapartidas dos participantes, como a matrícula das crianças da família atendida na escola, com controle de frequência. A condicionalidade, no entanto, é igual à exigida pelo Bolsa Família: "Todas as crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos devem estar devidamente matriculados e com frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária. Já os estudantes entre 16 e 17 anos devem ter frequência de, no mínimo, 75%".
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Deixe sua opinião