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Beto Richa durante entrevista coletiva no Palácio Iguaçu: diálogo aberto com o governo federal | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Beto Richa durante entrevista coletiva no Palácio Iguaçu: diálogo aberto com o governo federal| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

O assunto era o resultado da eleição presidencial que sacramentou a reeleição de Dilma Rousseff (PT) no domingo, mas os temas locais dominaram a entrevista coletiva do governador Beto Richa (PSDB), ontem, no Palácio Iguaçu. Entre os temas estava a formação do novo secretariado para a próxima gestão. O tucano disse que vai anunciar "de uma única vez no final de dezembro" os nomes de quem irá compor a equipe. Como já havia declarado durante a campanha eleitoral, o governador admitiu que o número de secretarias pode diminuir. Órgãos com "atividades sobrepostas" deverão ser reunidos em uma única estrutura.

Richa disse ainda não se sentir pressionado pelos partidos – 16 siglas, além do PSDB, fizeram parte da coligação tucana – a acomodar aliados no governo. "Sempre construí alianças programáticas, nunca loteamos o governo para obter apoio", afirmou. De acordo com ele, a qualificação técnica, a seriedade e o espírito de equipe irão pesar na escolha dos nomes. "Não tenho compromisso com os partidos que me elegeram de acomodá-los em cargos na ­administração", garantiu.

Quanto à base aliada na As­­sembleia Legislativa do Pa­­ra­­ná (Alep), apesar de admitir que tem sido procurado por deputados interessados em assumir a presidência da Casa, o governador afirmou que não vai interferir no processo de escolha da Mesa Diretora. "Torço pela vitória de um aliado, mas não vou interferir", garantiu.

Contenção de gastos

Sobre a resolução baixada na semana passada, obrigando a administração direta e indireta a reduzir em 30% os gastos com custeio – como combustível, telefone, energia elétrica e manutenção de veículos e equipamentos – até o fim de janeiro de 2015, Richa disse se tratar de uma prática comum de sua gestão. De acordo com ele, em anos anteriores a ordem era economizar 15%. Mas, como os órgãos superaram a meta, desta vez a decisão foi pelos 30%.

O governador admitiu, porém, que o Paraná "não é uma ilha" e também sofre com "a recessão técnica, o desemprego e a desindustrialização [do país]".

Diálogo

Assim como fez Dilma Rousseff (PT) ao discursar em comemoração à reeleição para a Presidência no domingo à noite, Richa também afirmou que, com o fim das eleições, "todos devem descer do palanque". O governador disse estar pronto para retomar o diálogo com a presidente reeleita. Durante todo o seu primeiro mandato, o tucano acusou o governo federal de discriminar o Paraná. "Isso não sou eu que estou dizendo, foi a imprensa que divulgou. Não era um tratamento respeitoso, digno", acusou. O governador, porém, disse acreditar no discurso da presidente, que defendeu o diálogo entre vitoriosos e derrotados. "[Dilma] disse que quer unir o Brasil e isso é o que estamos buscando", afirmou.

Para Richa, o candidato tu­­­­cano à Presidência Aécio Neves "sai da eleição maior do que entrou". "É a maior re­­ferência da oposição no Bra­­sil", reforçou. Convocando o aliado para liderar os opositores, Richa defendeu uma oposição "construtiva e em defesa do interesse de todos os brasileiros".

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